sexta-feira, 30 de abril de 2010

Parques serão atração para turistas

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Entre um jogo e outro da Copa do Mundo de futebol de 2014, que poderão ter intervalo superior a uma semana, o que farão os turistas estrangeiros que virão ao Brasil? O governo prepara um projeto que oferecerá em média três opções de parques nacionais como destinos aos turistas de cada uma das 12 cidades-sede.

O programa, chamado "Parques da Copa" deverá receber investimentos de R$ 300 milhões da União nos parques, além de recursos federais, estaduais e municipais para investimentos em infraestrutura rodoviária e urbana, e outra quantia significativa de instituições privadas, a quem poderão ser concedidos serviços turísticos, como atendimento a viajantes e hoteleiro.

O projeto está em vias de finalização pelos ministérios do Meio Ambiente, dos Esportes, do Turismo e pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio), que é o órgão responsável pelos parques nacionais. Como exemplo desse projeto, os turistas que forem assistir a jogos em Brasília terão pacotes específicos para visitar o parque nacional da Chapada dos Veadeiros, localizado no Estado de Goiás.

Até lá, portanto, o governo deverá melhorar a acessibilidade de, pelo menos, 12 quilômetros de estrada que estão em condições precárias nesse caminho e reforçar as condições de saneamento básico do local.

Outros exemplos de parques que deverão receber estímulos são o da Jureia, no litoral sul do Estado de São Paulo, e o da Tijuca, no Rio de Janeiro. Também deverá haver investimentos para levar os turistas para ver projetos de proteção da fauna, como tartarugas marinhas e peixes-boi. Mas os grandes destaques certamente serão as cidades de Cuiabá (MT) e Manaus (AM), que tiveram o Pantanal e a Amazônia como diferencial para sediarem os jogos.

O presidente do ICMBio, Rômulo Mello, diz que serão aproveitadas unidades de conservação com alta atratividade turística e com previsão legal para visitas. "A biodiversidade brasileira certamente será um forte alvo de interesse dos turistas estrangeiros", afirma. Ele explica que o Hotel Paineiras, localizado no Parque da Tijuca, no Rio, poderá ser terceirizado e restaurado para receber turistas. O modelo de concessão de atendimento ao público adotado recentemente no Parque Nacional do Iguaçu, onde estão as cataratas, deverá ser replicado para outros "Parques da Copa". (DF) - Valor 30/04/2010

O turismo aposta no efeito Copa do Mundo

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No ano passado, a indústria do turismo carreou US$ 5,3 bilhões em divisas para o Brasil, 8% a menos do que o obtido em 2008. Ainda assim, como efeito da crise mundial e tudo, trata-se do segundo melhor resultado na história do setor. "Desde 2003, com a criação do ministério do Turismo, o ingresso de dólares mais do que dobrou ", afirma o titular da pasta, ministro Luiz Barretto. Na esteira desse crescimento, aumentou a importância relativa do setor no balanço de pagamentos brasileiro: o turismo já é a quinta fonte de receitas externas do País, atrás das exportações de minério de ferro, soja, petróleo e açúcar. "Mas podemos e vamos continuar crescendo muito mais", afirma Barretto.

O horizonte do Ministério do Turismo na área externa está voltado para os próximos quatro anos. Tem nome e sobrenome: Copa do Mundo de Futebol. Barretto está convencido de que, seja quem for o ministro em 2014 (de preferência ele ou alguém do seu partido, o PT), deverá contabilizar a entrada de cerca de 8 milhões de turistas, que desembolsarão pelo menos US$ 10 bilhões no complexo turístico nacional. "Na verdade, o efeito Copa do Mundo começa agora", afirma. Para este ano, a expectativa é de que os estrangeiros aportem pelo menos U$ 6 bilhões, pouco mais de 10% dos US$ 50 bilhões movimentado pela atividade, somados o turismo de origem interna e externa.

Mas é no plano dos investimentos para melhoria e modernização do setor que deverá ser mais marcante a influência da Copa do Mundo. Nada menos de R$ 11 bilhões em projetos na área de hotelaria já estão anunciados pelas cadeias hoteleiras. "Somente a rede Accor pretende encabeçar a construção de 66 novos hotéis Ibis e Fórmula 1", diz Barretto. Segundo ele, além dos franceses do Accor, grupos espanhóis (Iberostar e Sol Meliá) e portugueses (Espírito Santo e Pestana) também ampliarão sua rede no Brasil. Grande parte dos recursos necessários deve vir dos investidores privados, mas também está prevista a participação de recursos oficiais. O BNDES, por exemplo, já separou R$ 1 bilhão para o financiamento da reforma ou construção de novas unidades até 2012.

Barretto reconhece que dificilmente o setor será superavitário em suas contas externas no médio prazo - a fatura dos gastos dos turistas brasileiros lá fora é perto do dobro dos ingressos dos estrangeiros. O real supervalorizado é um dos motivos. No entanto, ele entende que o tal "efeito Copa do Mundo" deverá ajudar a transformar a indústria do turismo, atraindo um fluxo ainda maior de investimentos internacionais. "Nosso desafio é tornar o setor mais competitivo, tão interessante para o investidor estrangeiro quanto a construção civil ou o agronegócios", afirma.
O Estado de S.Paulo 30/04/2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ministro do Turismo apresenta amanhã programa Bem Receber em SP

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O ministro Luiz Barretto, do Turismo, divulga amanhã (30), em São Paulo, as diretrizes do projeto Bem Receber, concebido para melhorar a formação de todos os profissionais que atuam diretamente em contato com os turistas que chegam ao país. O projeto foi desenvolvido sob coordenação de Regina Cavalcante, diretora do Departamento de Qualificação e Certificação e de Produção Associada ao Turismo, que iniciou os trabalhos em julho de 2009. Ela explica que o Bem Receber está dirigido a 75 localidades brasileiras, consideradas indutoras do turismo nacional. São cidades como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Natal, Salvador, Ouro Preto, Paraty, Olinda, Belém, Cuiabá, Joinville, Foz do Iguaçu. O grupo é formado por capitais, cidades importantes de negócios e pequenas cidades com atrativos históricos ou naturais. Até 2012, espera-se atender a quase 7,2 milhões de pessoas.

Inicialmente, explica Regina Cavalcante, o Bem Receber vai buscar a capacitação de profissionais já atuantes no mercado do turismo, buscando-se o aperfeiçoamento. "Hoje, são cerca de 306 mil trabalhadores, entre ambulantes, garçons, motoristas de táxis e de vans, balconistas de bares e lojas, enfim as pessoas com as quais os turistas têm contato direto quando vêm ao Brasil. Essa etapa terá um investimento de R$ 440 milhões e nosso objetivo é o de que essas pessoas se transformem em multiplicadores de conhecimento", afirma a diretora do Ministério do Turismo.

A estratégia, explica Regina, prevê parcerias com as entidades de classe do setor, como foi feito com o programa Olá Turista, iniciado em 2009 e destinado a ensinar os idiomas inglês e espanhol a 80 mil trabalhadores nas 12 cidades-sede da Copa de 2014. "O Olá Turista é a primeira atividade do programa Bem Receber, que será uma espécie de guarda-chuva para abrigar diversas ações de formação na área do turismo", diz Regina Cavalcante. Em cada cidade, as associações locais irão definir os curso específicos para cada profissional do turismo.

Olá! Turista

As primeiras experiências mostraram como romper as resistências, já que inicialmente é o próprio profissional que precisa ser convencido sobre a necessidade de reciclagem e conseguir tempo e demais condições para poder frequentar as aulas. "Tivemos que negociar com os gerentes para que mais funcionários pudessem ser liberados uma hora por dia para participar do programa. Até agora, já temos 56 mil, dos 80 mil que precisamos e, destes, 12 mil já estão on-line, recebendo as aulas", afirma.

As aula são ministradas nas sedes das entidades do setor, que precisam ter salas dotadas de computadores e demais infraestrutura, mas o curso pode ser adaptado para diferentes horários e condições materiais, dependendo das características de cada região do país.

Todos os programas são desenvolvidos com a participação de especialistas da Fundação Getúlio Vargas. Entre os conteúdos futuros, previstos no Bem Receber, estão itens como Imagem positiva do Brasil, Turismo com atividade econômica, Diversidade cultural das nações que participarão da Copa, além de conceitos sobre ética e cidadania.

SAIBA MAIS

terça-feira, 27 de abril de 2010

Região metropolitana de Campinas atrai novos hotéis

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O grupo Nogueira Porto, administrador da Rede Vitória Hotéis na região metropolitana de Campinas, está investindo R$ 60 milhões na construção de um novo empreendimento no padrão luxo e na ampliação de outros dois, da mesma categoria. As obras devem ser concluídas até o fim do ano, segundo o sócio-diretor da empresa, José Eduardo Porto.

Os novos investimentos, de acordo Porto, foram motivados pelo crescimento do nível de ocupação dos hotéis e da existência de uma demanda para novos quartos nessa área. "A expansão industrial da região metropolitana de Campinas tem movimentado bastante o turismo corporativo e 90% da ocupação dos hotéis da rede Vitória é representada por pessoas que vão ao interior a negócios", disse.
Foto Destaque

Outro estímulo ao setor foi o surgimento de mais espaços para eventos corporativos, o que provocou um aumento de 18% no volume de eventos. "O turismo de negócios na região movimentou R$ 450 milhões no primeiro trimestre deste ano, 10% mais que no mesmo período de 2009", afirmou o presidente do Campinas e Região Convention & Visitors Bureau, Luiz Antônio Guimarães. O número de executivos que viajam a Campinas a negócios, segundo ele, deve crescer 20% este ano. Em 2009, foram quase 1,5 milhão de visitantes.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH), Maurício Bernardino, a região tem hoje cerca de 3,8 mil quartos e a expectativa é que até a Copa do Mundo de 2014 a oferta alcance até 5 mil unidades. No interior de São Paulo, segundo Bernardino, a região de Campinas é a que mais emite bilhetes turísticos, incluindo passagens aéreas, reservas de hotéis e cruzeiros.

O presidente da ABIH, que também é proprietário da Guest Hotelaria, vai investir R$ 22 milhões nos próximos dois anos, na construção de dois hotéis na área, um em Americana e outro em Hortolândia. A região metropolitana de Campinas reúne 19 municípios.

A média de ocupação dos hotéis nessas cidades, segundo José Porto, da Rede Vitória, voltou a crescer. "Em 2008 a média de ocupação era de 76% e caiu para 73% no ano passado. Mas no primeiro trimestre de 2010 subiu para 80%."

Outro dado que reforça a expansão da hotelaria de Campinas, segundo Porto, é a movimentação do aeroporto de Viracopos, o terceiro maior do Estado, que quadruplicou o número de passageiros em dois anos. "Campinas tem crescido, em média de 3% a 4% acima da média do país", disse.

O hotel de luxo que a Nogueira Porto está construindo vai demandar R$ 35 milhões e fica na Rodovia D. Pedro, ao lado do Shopping Galeria, de Campinas. Outros dois hotéis da rede, o Vitória Hotel Campinas e o Vitória New Port Residence estão sendo ampliados. O primeiro terá mais 120 apartamentos (hoje tem 140), dois novos restaurantes e mais quatro salões de convenção. Já o flat Vitória New Port passará a contar com 105 apartamentos, quase o dobro do atual.

A Nogueira Porto também lançará, até o fim do ano, um empreendimento comercial para grandes empresas na Estrada de Jaguariúna. Além de hotelaria - com três unidades em Campinas e três em Indaiatuba, Sumaré e Jaguariúna - o grupo atua ainda em construção civil e emprega cerca de 600 funcionários.
Valor - 27/04/2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Programa BNDES de Turismo para a Copa do Mundo de 2014 - BNDES ProCopa Turismo

Objetivo geral é financiar a construção, reforma, ampliação e modernização de hotéis, de forma a aumentar a capacidade e qualidade de hospedagem em função da Copa do Mundo de 2014.

O programa oferece condições especiais de financiamento para empreendimentos hoteleiros que obtenham certificações de sustentabilidade ou de eficiência energética sendo:

* BNDES ProCopa Turismo - Hotel Sustentável
* BNDES ProCopa Turismo - Hotel Eficiência Energética

Poderão solicitar o financiamento as sociedades empresariais, com sede e administração no Brasil, para:

* Investimentos em construção, reforma, ampliação e modernização;
* Investimentos socioambientais.

Condições Obrigatórias para Enquadramento da operação seão:

* certificado de cadastramento do Beneficiário no cadastro nacional de prestadores de serviços turísticos do Ministério do Turismo - CADASTUR; e

* comprovante de adesão do empreendimento ao Sistema de Classificação Hoteleira vigente no Ministério do Turismo.

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