segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Finep prevê elevar volume de recursos para a Copa

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A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) poderá aumentar a destinação de recursos para o programa 14 Bis, que vai aportar R$ 120 milhões na primeira fase para projetos de inovação tecnológica voltada para o setor de esportes. O presidente da Finep, Luís Fernandes, frisou que "certamente" o valor vai ser elevado, mas o volume total que será destinado ao programa dependerá da definição da Câmara Técnica de Comércio e Tecnologia, instalada pela instituição.

Dos R$ 120 milhões da primeira fase, R$ 20 milhões já foram destinados para as propostas aprovadas no âmbito do 14 Bis. Além disso, o edital do programa de subvenção econômica destina outros R$ 80 milhões para projetos de empresas brasileiras para as áreas de segurança, mobilidade e governo eletrônico associados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016.

A Finep também prevê o lançamento, no ano que vem, de um fundo de venture capital diretamente ligado à área de esporte.

Valor 18/10/2010

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Copa e Olimpíada vão atrair capital doméstico e externo, avaliam empresários

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A Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio são uma oportunidade para o Brasil país corrigir defasagens na área de infraestrutura.

Se o pais for capaz de manter uma boa gestão, não faltarão recursos - domésticos ou externos - para bancar os investimentos necessários, avaliam empresários que ontem participaram da solenidade de premiação da campeã e das campeãs setoriais do "Anuário Valor 1000", em São Paulo.

O presidente da BIC Amazônia, Horácio Balseiro, não vê nenhuma restrição de financiamento externo e diz que grupos gigantes de infraestrutura querem hoje é investir no Brasil. "O governo precisa mandar sinal para o mercado de que está aberto para os investimentos privados e que não será o Estado a fazer todos os projetos", ponderou o executivo.

Hudson Calefe, presidente da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), acredita que o país está menos dependente do exterior para financiar grandes projetos de infraestrutura. Na visão do executivo, a Caixa Econômica Federal e o BNDES desenvolveram musculatura necessária para fomentar as demandas da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos de 2016. "O Brasil está rigorosamente preparado com os financiamentos internos, não acho que haja necessidade nenhuma de recorrer a fontes estrangeiras, embora seja uma ajuda bem-vinda."

A vice-presidente de finanças da Vivo, Cristiane Barreto, tem visão um pouco diferente. Para ela, o Brasil deve captar mais recursos para investimentos de infraestrutura. "Muitas empresas do país e o governo têm estrutura que permite essa captação. Além disso, os bancos de fomento têm muito interesse em trazer recursos para o Brasil. O Brasil é hoje um dos países que têm maior potencial de crescimento entre os emergentes e já possui uma infraestrutura organizada. O país certamente tem condições de captar esses recursos", disse.

Walter Schalka, presidente da Votorantim Cimentos, empresa premiada na categoria materiais de construção, afirmou que, independentemente da origem do capital, "o mais importante são os sinais positivos que indicam que o Brasil terá recursos privados e públicos suficientes para atender à demanda por investimentos em infraestrutura do país, em especial na melhoria de portos, aeroportos, rodovias, transporte urbano, saneamento, energia e moradia". O desafio, ressaltou ele, será aprimorar a gestão dos recursos disponíveis e ter capacidade administrativa para transformar projetos em obras, ideias em realização, com velocidade, custo e qualidade.

Na avaliação de Gilberto Colombo, da usina de mesmo nome, a economia brasileira transmite confiança ao mundo. Por isso, ele não acredita que haverá resistência dos investidores em financiar obras de infraestrutura necessárias ao desenvolvimento do país. A avaliação é partilhada por Francisco Schmitt, diretor de relações com investidores da Grendene. "Não vejo escassez de recursos internacionais, pelo contrário, vejo muita liquidez à procura de bons ativos. Se o país se mantiver um destino confiável de investimentos não creio que tenha problemas em obter recursos", disse.

Para Denise Soares dos Santos, presidente do Hospital São Luiz, o Brasil é hoje a nona maior economia do mundo e tem se destacado internacionalmente, principalmente pela estabilidade na área econômica e pelo crescente potencial de consumo interno. "Apesar da situação favorável, o país ainda enfrenta obstáculos e um deles refere-se à infraestrutura. Tanto a iniciativa privada quanto a esfera pública enfrentam problemas com transportes e distribuição, custos e tributos, legislação e regulamentação, falta de mão de obra, entre outros. É evidente que esse gap precisa ser enfrentado com atenção pelo próximo governo", observou.

De acordo com Rômulo Dias, presidente da Cielo, o capital estrangeiro deve financiar as futuras obras de infraestrutura no Brasil. "De alguma forma, o Brasil vai ter de se financiar. Acho provável a vinda dos estrangeiros, tanto por meio do financiamento via dívida quanto pelo próprio capital."

Para Paulo Godoy, presidente da Alusa (sócia da EATE) e também presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura (Abdib), o Brasil precisará por ano de R$ 170 bilhões para financiar os projetos de infraestrutura. Para atrair investidores externos, acredita que o país precisa fazer uma reforma do aparelho do Estado. "Os projetos de infraestrutura lidam com diversos órgãos seja de licenciamento ambiental, patrimônio histórico, que cuidam dos direitos dos índios e é preciso que se melhore a gestão deste aparelho para que os projetos sigam", acredita Godoy. Para atrair capital externo e aumentar a poupança do país, defende um pacote de estímulo ao mercado secundário de títulos.
valor 31.8.10

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Como as empresas devem planejar-se para faturar com a Copa?

Como as empresas devem planejar-se para faturar com a Copa? Para consultores e especialistas do mercado, toda a preparação pré-Copa começa com um bom planejamento. "Os empresários devem identificar os produtos e serviços que serão mais demandados e saber quem são os clientes potenciais", ensina José Carlos Pinto, sócio da consultoria Ernst&Young. "Possíveis alianças e parcerias com empresas estrangeiras que já têm experiência em outras copas podem ser um diferencial importante."

Segundo Rodrigo Teles, diretor do Instituto Endeavor, com base no histórico dos campeonatos realizados em outros países, os empreendedores podem mapear os investimentos necessários para aproveitar melhor o evento. "Já sabemos quais serão as 12 cidades-sede e onde estará grande parte das oportunidades", lembra. "Desenvolver uma rede de relacionamentos nessas cidades será fundamental para gerar bons negócios."

De acordo com o estudo Brasil Sustentável-Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014, as cidades-sede serão alvo de iniciativas de infraestrutura, com investimentos de R$ 14,5 bilhões. Somente na reurbanização dos locais com maior movimentação de turistas e no entorno dos estádios, os gastos são estimados em R$ 2,8 bilhões.

Dentro da empresa, do ponto de vista organizacional, a dica dos especialistas é estar com "a casa em ordem". "Mantenha um bom sistema de gestão, métricas de desempenho e transparência nos demonstrativos financeiros", diz Teles. "Isso dará confiança a um parceiro ou cliente na hora de fechar negócio ou para buscar financiamentos externos para novos investimentos."

Para o consultor Lucas Copelli, na etapa de preparação para a Copa, que vai até 2013, as oportunidades para as pequenas e médias empresas estarão relacionadas com o planejamento de obras realizadas pelo governo, pela Fifa e iniciativa privada nos locais dos jogos. "É quando acontecem as maiores obras de infraestrutura, urbanização e mobilidade urbana, construção de estádios e ampliação da rede hoteleira, que têm impacto positivo nos negócios de construção civil, tecnologia da informação, segurança, limpeza, alimentação e transportes", detalha. "As empresas de propaganda, relações públicas, webdesign e consultorias também se beneficiarão na preparação das campanhas para o ano da Copa."

No Grupo Máquina PR, da área de relações públicas e assessoria de imprensa, a estimativa é incrementar os negócios em cerca de 40%, por conta do mundial. A empresa fatura R$ 35 milhões por ano. "A previsão é investir de R$ 1,2 a R$ 2 milhões, em quatro anos, no crescimento da infraestrutura, marketing, ampliação de equipes e de capital", revela Maristela Mafei, sócia fundadora da empresa de 238 funcionários, com 15 anos de mercado. (Valor - J.S.)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

BNDES aprova os dois primeiros financiamentos para hotéis da Copa de 2014

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou os dois primeiros financiamentos do Procopa Turismo, programa de estímulo à ampliação e modernização da rede hoteleira nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016

O Hotel Glória, do Grupo EBX, receberá R$ 146,5 milhões, enquanto o Ibis que será erguido em Copacabana ficará com outros R$ 11,6 milhões.

Os dois empreendimentos fazem parte dos R$ 709,4 milhões em projetos que chegaram ao banco para pleitear recursos do Procopa Turismo, que conta com um total de R$ 1,2 bilhão em investimentos ao setor hoteleiro.

Os recursos para a reforma do Hotel Glória irão para a Companhia Industrial de Grandes Hotéis, empresa da EBX. O total do investimento na obra é de R$ 260 milhões e a previsão é de que a obra esteja pronta no início de 2012.

A Galvan Engenharia receberá o dinheiro do banco para erguer o Ibis em Copacabana, com 122 quartos e orçamento total de R$ 25 milhões, sendo que o BNDES terá participação de 100% no item máquinas e equipamentos e 80,7% nos demais itens financiáveis. A expectativa é de que o hotel esteja pronto em um ano.

O superintendente da área industrial do BNDES, Júlio Ramundo, disse que as demais consultas ao Procopa Turismo indicam demanda de construção ou reforma de mais de 30 hotéis.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Pequenos procuram espaço na Copa

As pequenas e médias empresas de elevadores se uniram para tentar buscar um espaço nas obras de infraestrutura e modernização que o país terá por conta da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

Estudo publicado ontem pela FGV e Ernest Young estima que o impacto direto da realização da Copa no Brasil sobre a construção será de R$ 6,91 bilhões, incrementando o PIB setorial em 5,63%.

O Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo (Sindicesp) estima que sejam gastos pelo menos R$ 200 milhões em equipamentos, como elevadores, esteiras e escadas rolantes em aeroportos, estádios e estações de trem e metrô.

O Sindicesp, que representa cerca de 400 empresas - a maioria na área de manutenção -, pretende se reunir com o Ministério dos Esportes para apresentar as indústrias nacionais do setor. "Nosso objetivo é que pelo menos 30% do que for gasto, seja destinado à indústria nacional", afirma Max Santos, diretor executivo do Sindicato. "O nosso mercado deve dobrar com a Copa do Mundo e Olimpíadas", completa. O Sindicato já esteve com a secretaria de Políticas Públicas de Emprego para discutir qualificação de mão de obra.
Valor 06.7.10

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Copa de 2014 deve injetar US$ 142 bi, diz estudo

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A Copa do Mundo de futebol de 2014, que será realizada no Brasil, deverá provocar um efeito dominó capaz de quintuplicar os investimentos a serem feitos no país.
Segundo estudo elaborado pela consultoria Ernst & Young e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), serão injetados R$ 142,39 bilhões adicionais na economia brasileira nos próximos quatro anos para fazer frente às demandas de sediar uma Copa do Mundo.

Desse total, R$ 22,4 bilhões serão investimentos diretos para garantir a infraestrutura e a organização necessárias para o evento. Ainda serão gastos mais R$ 7 bilhões com despesas operacionais e de visitantes. Outros R$ 112,79 bilhões deverão ser gerados indiretamente por diversos setores da economia. Foram analisados 55 subsetores analisados entre indústria, comércio, serviços e construção civil. O "efeito Copa" será especialmente sentido na indústria e no mercado de trabalho.

De acordo com o estudo, que avaliou os subsetores por meio do Produto Interno Bruto (PIB) de cada segmento, os fabricantes de eletrodomésticos terão um incremento em seu PIB da ordem de 10,2% entre este ano e 2014. Também passarão por alta forte setores tradicionais do parque industrial brasileiro, como o têxtil, calçadista, autopeças e móveis.

Para Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit, a associação do setor têxtil, o período que se inicia após o término da atual Copa na África do Sul é "das maiores oportunidades para desenvolver a indústria e a economia como um todo". O país possui baixos índices de consumo de fibras, cerca de 12 quilos por habitante a cada ano. Nos países europeus o consumo anual é de 28 quilos, enquanto nos Estados Unidos atinge 40 quilos. "Para a Copa vamos vender muito tecido esportivo e tecnológico, então precisamos estar preparados", diz.

Dos investimentos que serão realizados, será o setor de mídia - centros de informação internacional e anúncios em jornais e revistas - que receberá o maior aporte: R$ 6,5 bilhões. Esse valor supera os gastos que serão necessários para deixar os estádios das 12 cidades-sede aptos a receberem partidas e também a capacitação do parque hoteleiro.

Segundo José Carlos Pinto, chefe da assessoria de riscos da Ernst & Young, o setor de turismo será "importantíssimo" durante a Copa. O estudo prevê que o número de turistas estrangeiros vai alcançar 7,4 milhões de pessoas em 2014 - um salto de 64,4% frente ao registrado em 2009. A expectativa é que a receita do setor salte dos US$ 5,31 bilhões registrados em 2009 para US$ 8,73 bilhões em 2014.

Além disso, o estudo avalia que o Brasil pode realizar a primeira "Copa verde" da história. Se cumpridos os requisitos de captura de carbono, descarte de resíduos e consumo de água, a Copa poderá ser um "benchmark internacional no que se refere à questão ambiental", diz Pinto.
Valor 24.6.10

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Copa e Olimpíada aquecem o setor de turismo

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E Voce, já está se preparando para os LUCROS da Copa? ou vai ficar só na torcida?

No balanço dos quatros primeiros meses do ano da Caixa Econômica Federal (CEF), um dos destaques na procura por crédito de pequenas e médias empresas é o setor de turismo. Muitos empresários já estão investindo de olho na preparação para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada em 12 cidades do país, e para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. "Em 2010, a Caixa contratou R$ 1,22 bi em crédito com a cadeia produtiva do turismo, o que representa um crescimento de aproximadamente 39% em relação ao mesmo período do ano anterior", afirma o superintendente de micro e pequenas empresas da instituição, Zaqueu Soares Ribeiro. A expectativa é de que o cenário se mantenha nos próximos meses.

Em 2009, o resultado já tinha sido muito bom. A Caixa investiu, ano passado, R$ 2,97 bilhões em crédito para empresas de turismo, um crescimento de 105% em relação ao valor aplicado em 2008, que chegou a R$ 1,45 bilhão. Em 2009, após a divulgação da estratégia de atendimento às micros e pequenas empresas do segmento turístico, que têm representatividade de cerca de 97% da cadeia produtiva, a Caixa ampliou seu portfólio de produtos para atender melhor à demanda do mercado.

Para o diretor do departamento de empréstimos e financiamentos do Bradesco, Nilton Pelegrino Nogueira, a Copa e a Olimpíada no Brasil apontam que a atual década deverá marcar um ciclo de crescimento virtuoso. Os setores de serviços, indústria e comércio devem ser beneficiados com a atração de investimentos em infraestrutura e com os mais de 600 mil turistas estrangeiros esperados para as competições. Estima-se que o país receba mais de R$ 100 bilhões em investimentos em infraestrutura nos próximos seis anos.
Valor 31.3.10

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Turismo tem mais recursos este ano

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"a linha BNDES ProCopa Arenas tem verba de R$ 4,8 bilhões. O financiamento máximo permitido para cada uma das 12 arenas (desde que esse valor não ultrapasse 75% do valor total do projeto apresentado) é de R$ 400 milhões. Para a construção de novos hotéis, ampliação e reforma dos já existentes, o Ministério do Turismo, em parceria com os bancos públicos, lançou linhas de crédito que totalizam R$ 1,8 bilhão. Somente a linha do BNDES, chamada BNDES ProCopa Turismo, tem inicialmente a verba de R$ 1 bilhão para os hotéis. O valor pode aumentar, caso a demanda do setor supere as expectativas"

Segundo dados do Ministério do Turismo, o investimento em infraestrutura turística, ao longo dos anos, cresceu 52 vezes. Representava R$ 52,8 milhões, em 2003, passando para R$ 1,7 bilhão, no ano passado. Em 2010, serão R$ 2,72 bilhões.

Para este ano, a expectativa dos empresários é de aumento de 14,6% no faturamento do setor de turismo em relação a 2009, segundo pesquisa realizada com 80 principais empresas de turismo no país, de diferentes segmentos, que respondem por um faturamento de R$ 35 bilhões e empregam cerca de 85 mil profissionais. Os dados, coletados entre janeiro e fevereiro, fazem parte da 6ª Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo (PACET), uma parceria do Ministério do Turismo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

"Um megaevento, como a Olimpíada, inspira a realização de outros inúmeros eventos de menor porte. Tudo isso atrai novos voos, melhoria da malha aérea e de obras de infraestrutura, como ampliação do metrô, com o objetivo de tornar a cidade mais atrativa. O próprio Maracanã, remodelado, mantém atualmente altos índices de visitação", diz o superintendente do Rio Convention & Visitors Bureau, Paulo Senise.

Além do impacto econômico, os grandes eventos internacionais geram visibilidade, atraindo turistas não só para a cidade mas para o resto do país. Segundo Senise, pelo menos 102 importantes eventos, entre seminários e congressos, serão realizados no Rio de Janeiro em 2010, gerando uma receita estimada da ordem de US$ 100 milhões. Até 2017, estão agendados mais 44 eventos, com receita estimada de mais US$ 150 milhões.

Em 2009, São Paulo, pela segunda vez consecutiva, foi a cidade das Américas que mais recebeu eventos internacionais, saltando da 23ª para a 12ª posição no ranking mundial da International Congress and Convention Association (ICCA). De 2004 a 2009, a cidade de São Paulo passou do 82º lugar para o 12º lugar. "A cada ano, o crescimento médio de eventos na cidade é de 7%", afirma o diretor-superintendente do São Paulo Convention & Visitors Bureau, Toni Sando.

Além da aprovação de R$ 2,72 bilhões no Orçamento Geral da União (OGU) para infraestrutura turística em 2010, há os investimentos financiados pelo Prodetur, uma linha de crédito do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Corporação Andina de Fomento (CAF), para que Estados e municípios possam aplicar em infraestrutura turística. Criado em 2008, o Prodetur tem US$ 1 bilhão.

Até o fim de abril, o Prodetur Nacional contava com 31 propostas de financiamento em diferentes estágios de preparação. Considerando as cartas de Estados e municípios, o total de pedidos de financiamento somava US$ 1,56 bilhões. Para atender as cidades-sedes, o ministério está negociando junto ao BID e à CAF a expansão da linha de financiamento em mais R$ 1 bilhão.

Voltada a construção ou reforma dos estádios que sediarão os jogos, bem como obras no seu entorno, a linha BNDES ProCopa Arenas tem verba de R$ 4,8 bilhões. O financiamento máximo permitido para cada uma das 12 arenas (desde que esse valor não ultrapasse 75% do valor total do projeto apresentado) é de R$ 400 milhões. Para a construção de novos hotéis, ampliação e reforma dos já existentes, o Ministério do Turismo, em parceria com os bancos públicos, lançou linhas de crédito que totalizam R$ 1,8 bilhão. Somente a linha do BNDES, chamada BNDES ProCopa Turismo, tem inicialmente a verba de R$ 1 bilhão para os hotéis. O valor pode aumentar, caso a demanda do setor supere as expectativas

fonte Valor 12.05.2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

Mais US$ 300 mi em investimentos para o turismo

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Verba aumenta linha de crédito do Ministério do Turismo, que atrai mais nove cidades-sede

O ministro do Turismo, Luiz Barretto, e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, anunciaram ontem, no Rio de Janeiro, um aporte de investimentos de US$ 300 milhões para o Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur).

Luiz Barreto garantiu que a verba do Prodetur será repassada para as cidades-sede da Copa de 2014. O Prodetur já oferece uma linha de crédito de US$ 1 bilhão, prevista desde março de 2008, para obras de infraestrutura, promoção e marketing.

Nove cidades-sede que não haviam apresentado projetos de investimentos foram incluídas no programa do Ministério do Turismo. O anúncio ocorre após declarações de dirigentes da Fifa de que o Brasil estaria atrasado em relação às obras para a Copa.

Para o ministro, a pressão da entidade é normal e isso também ocorreu com a Alemanha e a África do Sul. “Do ponto de vista do governo federal, temos feito um esforço nessa direção. Lançamos uma linha de financiamento dos estádios, por exemplo. Está disponível, desde janeiro, uma linha do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a construção das arenas. Vale também para a hotelaria. Cumprimos a meta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos colocou, que é abrir uma linha de financiamento especial para a hotelaria brasileira. O governo federal tem feito sua parte”, completou.

fonte SINAENCO

terça-feira, 4 de maio de 2010

Pousada lucra mesmo com apenas quatro quartos
O mais intrigante na pousada Enseada das Conchas, na Ilha do Mel, litoral do Paraná, é seu tamanho reduzido. Como tornar viável um estabelecimento tão pequeno? Foi isso que se indagou Carlos Gnata, o Capa, 45, quando foi abrir sua pousada. Desde 1987, ele trabalhava em um restaurante na ilha, e percebeu o crescimento do turismo no local, com grande procura no verão e feriados. Por isso, quando sua mãe herdou um terreno na ilha, em 1992, Capa sugeriu transformá-lo numa pousada.

Por três anos ele continuou morando em Morretes, sua cidade de origem, com a esposa, Sueli Mantovani, e ia com ela para a pousada na Ilha do Mel apenas na alta temporada. Depois de 36 meses de vai-e-vem, tomaram a decisão de se mudar definitivamente. “Até essa época, a pousada era uma opção a mais de renda, um trabalho amador. Resolvemos arriscar e ver se em dois ou três anos haveria retorno”, conta Capa.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Parques serão atração para turistas

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Entre um jogo e outro da Copa do Mundo de futebol de 2014, que poderão ter intervalo superior a uma semana, o que farão os turistas estrangeiros que virão ao Brasil? O governo prepara um projeto que oferecerá em média três opções de parques nacionais como destinos aos turistas de cada uma das 12 cidades-sede.

O programa, chamado "Parques da Copa" deverá receber investimentos de R$ 300 milhões da União nos parques, além de recursos federais, estaduais e municipais para investimentos em infraestrutura rodoviária e urbana, e outra quantia significativa de instituições privadas, a quem poderão ser concedidos serviços turísticos, como atendimento a viajantes e hoteleiro.

O projeto está em vias de finalização pelos ministérios do Meio Ambiente, dos Esportes, do Turismo e pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio), que é o órgão responsável pelos parques nacionais. Como exemplo desse projeto, os turistas que forem assistir a jogos em Brasília terão pacotes específicos para visitar o parque nacional da Chapada dos Veadeiros, localizado no Estado de Goiás.

Até lá, portanto, o governo deverá melhorar a acessibilidade de, pelo menos, 12 quilômetros de estrada que estão em condições precárias nesse caminho e reforçar as condições de saneamento básico do local.

Outros exemplos de parques que deverão receber estímulos são o da Jureia, no litoral sul do Estado de São Paulo, e o da Tijuca, no Rio de Janeiro. Também deverá haver investimentos para levar os turistas para ver projetos de proteção da fauna, como tartarugas marinhas e peixes-boi. Mas os grandes destaques certamente serão as cidades de Cuiabá (MT) e Manaus (AM), que tiveram o Pantanal e a Amazônia como diferencial para sediarem os jogos.

O presidente do ICMBio, Rômulo Mello, diz que serão aproveitadas unidades de conservação com alta atratividade turística e com previsão legal para visitas. "A biodiversidade brasileira certamente será um forte alvo de interesse dos turistas estrangeiros", afirma. Ele explica que o Hotel Paineiras, localizado no Parque da Tijuca, no Rio, poderá ser terceirizado e restaurado para receber turistas. O modelo de concessão de atendimento ao público adotado recentemente no Parque Nacional do Iguaçu, onde estão as cataratas, deverá ser replicado para outros "Parques da Copa". (DF) - Valor 30/04/2010

O turismo aposta no efeito Copa do Mundo

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No ano passado, a indústria do turismo carreou US$ 5,3 bilhões em divisas para o Brasil, 8% a menos do que o obtido em 2008. Ainda assim, como efeito da crise mundial e tudo, trata-se do segundo melhor resultado na história do setor. "Desde 2003, com a criação do ministério do Turismo, o ingresso de dólares mais do que dobrou ", afirma o titular da pasta, ministro Luiz Barretto. Na esteira desse crescimento, aumentou a importância relativa do setor no balanço de pagamentos brasileiro: o turismo já é a quinta fonte de receitas externas do País, atrás das exportações de minério de ferro, soja, petróleo e açúcar. "Mas podemos e vamos continuar crescendo muito mais", afirma Barretto.

O horizonte do Ministério do Turismo na área externa está voltado para os próximos quatro anos. Tem nome e sobrenome: Copa do Mundo de Futebol. Barretto está convencido de que, seja quem for o ministro em 2014 (de preferência ele ou alguém do seu partido, o PT), deverá contabilizar a entrada de cerca de 8 milhões de turistas, que desembolsarão pelo menos US$ 10 bilhões no complexo turístico nacional. "Na verdade, o efeito Copa do Mundo começa agora", afirma. Para este ano, a expectativa é de que os estrangeiros aportem pelo menos U$ 6 bilhões, pouco mais de 10% dos US$ 50 bilhões movimentado pela atividade, somados o turismo de origem interna e externa.

Mas é no plano dos investimentos para melhoria e modernização do setor que deverá ser mais marcante a influência da Copa do Mundo. Nada menos de R$ 11 bilhões em projetos na área de hotelaria já estão anunciados pelas cadeias hoteleiras. "Somente a rede Accor pretende encabeçar a construção de 66 novos hotéis Ibis e Fórmula 1", diz Barretto. Segundo ele, além dos franceses do Accor, grupos espanhóis (Iberostar e Sol Meliá) e portugueses (Espírito Santo e Pestana) também ampliarão sua rede no Brasil. Grande parte dos recursos necessários deve vir dos investidores privados, mas também está prevista a participação de recursos oficiais. O BNDES, por exemplo, já separou R$ 1 bilhão para o financiamento da reforma ou construção de novas unidades até 2012.

Barretto reconhece que dificilmente o setor será superavitário em suas contas externas no médio prazo - a fatura dos gastos dos turistas brasileiros lá fora é perto do dobro dos ingressos dos estrangeiros. O real supervalorizado é um dos motivos. No entanto, ele entende que o tal "efeito Copa do Mundo" deverá ajudar a transformar a indústria do turismo, atraindo um fluxo ainda maior de investimentos internacionais. "Nosso desafio é tornar o setor mais competitivo, tão interessante para o investidor estrangeiro quanto a construção civil ou o agronegócios", afirma.
O Estado de S.Paulo 30/04/2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ministro do Turismo apresenta amanhã programa Bem Receber em SP

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O ministro Luiz Barretto, do Turismo, divulga amanhã (30), em São Paulo, as diretrizes do projeto Bem Receber, concebido para melhorar a formação de todos os profissionais que atuam diretamente em contato com os turistas que chegam ao país. O projeto foi desenvolvido sob coordenação de Regina Cavalcante, diretora do Departamento de Qualificação e Certificação e de Produção Associada ao Turismo, que iniciou os trabalhos em julho de 2009. Ela explica que o Bem Receber está dirigido a 75 localidades brasileiras, consideradas indutoras do turismo nacional. São cidades como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Natal, Salvador, Ouro Preto, Paraty, Olinda, Belém, Cuiabá, Joinville, Foz do Iguaçu. O grupo é formado por capitais, cidades importantes de negócios e pequenas cidades com atrativos históricos ou naturais. Até 2012, espera-se atender a quase 7,2 milhões de pessoas.

Inicialmente, explica Regina Cavalcante, o Bem Receber vai buscar a capacitação de profissionais já atuantes no mercado do turismo, buscando-se o aperfeiçoamento. "Hoje, são cerca de 306 mil trabalhadores, entre ambulantes, garçons, motoristas de táxis e de vans, balconistas de bares e lojas, enfim as pessoas com as quais os turistas têm contato direto quando vêm ao Brasil. Essa etapa terá um investimento de R$ 440 milhões e nosso objetivo é o de que essas pessoas se transformem em multiplicadores de conhecimento", afirma a diretora do Ministério do Turismo.

A estratégia, explica Regina, prevê parcerias com as entidades de classe do setor, como foi feito com o programa Olá Turista, iniciado em 2009 e destinado a ensinar os idiomas inglês e espanhol a 80 mil trabalhadores nas 12 cidades-sede da Copa de 2014. "O Olá Turista é a primeira atividade do programa Bem Receber, que será uma espécie de guarda-chuva para abrigar diversas ações de formação na área do turismo", diz Regina Cavalcante. Em cada cidade, as associações locais irão definir os curso específicos para cada profissional do turismo.

Olá! Turista

As primeiras experiências mostraram como romper as resistências, já que inicialmente é o próprio profissional que precisa ser convencido sobre a necessidade de reciclagem e conseguir tempo e demais condições para poder frequentar as aulas. "Tivemos que negociar com os gerentes para que mais funcionários pudessem ser liberados uma hora por dia para participar do programa. Até agora, já temos 56 mil, dos 80 mil que precisamos e, destes, 12 mil já estão on-line, recebendo as aulas", afirma.

As aula são ministradas nas sedes das entidades do setor, que precisam ter salas dotadas de computadores e demais infraestrutura, mas o curso pode ser adaptado para diferentes horários e condições materiais, dependendo das características de cada região do país.

Todos os programas são desenvolvidos com a participação de especialistas da Fundação Getúlio Vargas. Entre os conteúdos futuros, previstos no Bem Receber, estão itens como Imagem positiva do Brasil, Turismo com atividade econômica, Diversidade cultural das nações que participarão da Copa, além de conceitos sobre ética e cidadania.

SAIBA MAIS

terça-feira, 27 de abril de 2010

Região metropolitana de Campinas atrai novos hotéis

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O grupo Nogueira Porto, administrador da Rede Vitória Hotéis na região metropolitana de Campinas, está investindo R$ 60 milhões na construção de um novo empreendimento no padrão luxo e na ampliação de outros dois, da mesma categoria. As obras devem ser concluídas até o fim do ano, segundo o sócio-diretor da empresa, José Eduardo Porto.

Os novos investimentos, de acordo Porto, foram motivados pelo crescimento do nível de ocupação dos hotéis e da existência de uma demanda para novos quartos nessa área. "A expansão industrial da região metropolitana de Campinas tem movimentado bastante o turismo corporativo e 90% da ocupação dos hotéis da rede Vitória é representada por pessoas que vão ao interior a negócios", disse.
Foto Destaque

Outro estímulo ao setor foi o surgimento de mais espaços para eventos corporativos, o que provocou um aumento de 18% no volume de eventos. "O turismo de negócios na região movimentou R$ 450 milhões no primeiro trimestre deste ano, 10% mais que no mesmo período de 2009", afirmou o presidente do Campinas e Região Convention & Visitors Bureau, Luiz Antônio Guimarães. O número de executivos que viajam a Campinas a negócios, segundo ele, deve crescer 20% este ano. Em 2009, foram quase 1,5 milhão de visitantes.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH), Maurício Bernardino, a região tem hoje cerca de 3,8 mil quartos e a expectativa é que até a Copa do Mundo de 2014 a oferta alcance até 5 mil unidades. No interior de São Paulo, segundo Bernardino, a região de Campinas é a que mais emite bilhetes turísticos, incluindo passagens aéreas, reservas de hotéis e cruzeiros.

O presidente da ABIH, que também é proprietário da Guest Hotelaria, vai investir R$ 22 milhões nos próximos dois anos, na construção de dois hotéis na área, um em Americana e outro em Hortolândia. A região metropolitana de Campinas reúne 19 municípios.

A média de ocupação dos hotéis nessas cidades, segundo José Porto, da Rede Vitória, voltou a crescer. "Em 2008 a média de ocupação era de 76% e caiu para 73% no ano passado. Mas no primeiro trimestre de 2010 subiu para 80%."

Outro dado que reforça a expansão da hotelaria de Campinas, segundo Porto, é a movimentação do aeroporto de Viracopos, o terceiro maior do Estado, que quadruplicou o número de passageiros em dois anos. "Campinas tem crescido, em média de 3% a 4% acima da média do país", disse.

O hotel de luxo que a Nogueira Porto está construindo vai demandar R$ 35 milhões e fica na Rodovia D. Pedro, ao lado do Shopping Galeria, de Campinas. Outros dois hotéis da rede, o Vitória Hotel Campinas e o Vitória New Port Residence estão sendo ampliados. O primeiro terá mais 120 apartamentos (hoje tem 140), dois novos restaurantes e mais quatro salões de convenção. Já o flat Vitória New Port passará a contar com 105 apartamentos, quase o dobro do atual.

A Nogueira Porto também lançará, até o fim do ano, um empreendimento comercial para grandes empresas na Estrada de Jaguariúna. Além de hotelaria - com três unidades em Campinas e três em Indaiatuba, Sumaré e Jaguariúna - o grupo atua ainda em construção civil e emprega cerca de 600 funcionários.
Valor - 27/04/2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Programa BNDES de Turismo para a Copa do Mundo de 2014 - BNDES ProCopa Turismo

Objetivo geral é financiar a construção, reforma, ampliação e modernização de hotéis, de forma a aumentar a capacidade e qualidade de hospedagem em função da Copa do Mundo de 2014.

O programa oferece condições especiais de financiamento para empreendimentos hoteleiros que obtenham certificações de sustentabilidade ou de eficiência energética sendo:

* BNDES ProCopa Turismo - Hotel Sustentável
* BNDES ProCopa Turismo - Hotel Eficiência Energética

Poderão solicitar o financiamento as sociedades empresariais, com sede e administração no Brasil, para:

* Investimentos em construção, reforma, ampliação e modernização;
* Investimentos socioambientais.

Condições Obrigatórias para Enquadramento da operação seão:

* certificado de cadastramento do Beneficiário no cadastro nacional de prestadores de serviços turísticos do Ministério do Turismo - CADASTUR; e

* comprovante de adesão do empreendimento ao Sistema de Classificação Hoteleira vigente no Ministério do Turismo.

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