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O ministro Luiz Barretto, do Turismo, divulga amanhã (30), em São Paulo, as diretrizes do projeto Bem Receber, concebido para melhorar a formação de todos os profissionais que atuam diretamente em contato com os turistas que chegam ao país. O projeto foi desenvolvido sob coordenação de Regina Cavalcante, diretora do Departamento de Qualificação e Certificação e de Produção Associada ao Turismo, que iniciou os trabalhos em julho de 2009. Ela explica que o Bem Receber está dirigido a 75 localidades brasileiras, consideradas indutoras do turismo nacional. São cidades como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Natal, Salvador, Ouro Preto, Paraty, Olinda, Belém, Cuiabá, Joinville, Foz do Iguaçu. O grupo é formado por capitais, cidades importantes de negócios e pequenas cidades com atrativos históricos ou naturais. Até 2012, espera-se atender a quase 7,2 milhões de pessoas.
Inicialmente, explica Regina Cavalcante, o Bem Receber vai buscar a capacitação de profissionais já atuantes no mercado do turismo, buscando-se o aperfeiçoamento. "Hoje, são cerca de 306 mil trabalhadores, entre ambulantes, garçons, motoristas de táxis e de vans, balconistas de bares e lojas, enfim as pessoas com as quais os turistas têm contato direto quando vêm ao Brasil. Essa etapa terá um investimento de R$ 440 milhões e nosso objetivo é o de que essas pessoas se transformem em multiplicadores de conhecimento", afirma a diretora do Ministério do Turismo.
A estratégia, explica Regina, prevê parcerias com as entidades de classe do setor, como foi feito com o programa Olá Turista, iniciado em 2009 e destinado a ensinar os idiomas inglês e espanhol a 80 mil trabalhadores nas 12 cidades-sede da Copa de 2014. "O Olá Turista é a primeira atividade do programa Bem Receber, que será uma espécie de guarda-chuva para abrigar diversas ações de formação na área do turismo", diz Regina Cavalcante. Em cada cidade, as associações locais irão definir os curso específicos para cada profissional do turismo.
Olá! Turista
As primeiras experiências mostraram como romper as resistências, já que inicialmente é o próprio profissional que precisa ser convencido sobre a necessidade de reciclagem e conseguir tempo e demais condições para poder frequentar as aulas. "Tivemos que negociar com os gerentes para que mais funcionários pudessem ser liberados uma hora por dia para participar do programa. Até agora, já temos 56 mil, dos 80 mil que precisamos e, destes, 12 mil já estão on-line, recebendo as aulas", afirma.
As aula são ministradas nas sedes das entidades do setor, que precisam ter salas dotadas de computadores e demais infraestrutura, mas o curso pode ser adaptado para diferentes horários e condições materiais, dependendo das características de cada região do país.
Todos os programas são desenvolvidos com a participação de especialistas da Fundação Getúlio Vargas. Entre os conteúdos futuros, previstos no Bem Receber, estão itens como Imagem positiva do Brasil, Turismo com atividade econômica, Diversidade cultural das nações que participarão da Copa, além de conceitos sobre ética e cidadania.
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