quinta-feira, 26 de maio de 2011

Estádios da Copa de 2014 impulsionam receitas da Mills

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Para Ramon Vazquez, presidente da MIlls, que investirá R$ 1,1 bilhão entre 2010 e 2012, a "Copa é um ótimo negócio"
Apesar das críticas às construtoras devido ao ritmo de construção e reforma dos estádios para a Copa do Mundo de 2014, a fornecedora de equipamentos e serviços de engenharia Mills já recebe receitas provenientes das obras nas arenas esportivas. Somado a outros projetos de infraestrutura relacionados ao evento, principalmente no setor de transportes, o Mundial é a principal oportunidade da empresa nos últimos anos. "A Copa é um ótimo negócio", resume o presidente Ramon Vazquez.

Só nos cinco estádios onde presta serviços às empreiteiras, a Mills espera faturar até R$ 100 milhões. "Temos uma participação expressiva nessas arenas, porque são obras que usam muito concreto e exigem um serviço de forma e escoramento de peças muito delicado", diz. São eles: Estádio Nacional (Brasília), Arena Pantanal (Cuiabá), Arena Amazônia (Manaus), Arena Fonte Nova (Salvador) e Maracanã (Rio de Janeiro). "Temos interesse em prestar nossos serviços nos outros sete estádios também", diz.

Os eventuais atrasos no cronograma não assustam a empresa. "Estamos falando de grandes construtoras, que têm a experiência adequada para conduzir essas obras. A empresa não corre riscos por isso", garante Vazquez.

Não é só das arenas, no entanto, que a empresa que faturou no primeiro trimestre R$ 145 milhões e espera maior receita, e sim de outras obras de infraestrutura relacionadas à Copa - já que a maior parte do total de investimentos, segundo Vazquez, será feito fora dos estádios, principalmente em serviços de transporte. "Vamos nos beneficiar com as obras para o monotrilho em São Paulo, a linha 5 do metrô paulistano e a construção das vias na cidade para o BRT (sigla para Bus Rapid Transit, ônibus que circulam em via exclusiva e são uma alternativa mais barata ao metrô, em geral)", exemplifica.

Antecipando-se aos negócios gerados principalmente pelo evento, além de outras obras de infraestrutura - como serviços industriais na usina Angra 3 e no terminal portuário da CSN, ambos no Estado do Rio de Janeiro -, a Mills programou um cronograma de investimentos de R$ 1,1 bilhão entre 2010 e 2012. No próximo ano, a maior parte da quantia, aproximadamente R$ 400 milhões, será aplicada principalmente na aquisição de equipamentos. Entre eles, três unidades do que é considerada a maior plataforma aérea do mundo, a da fabricante JLG, usada para levar funcionários a alturas elevadas. Além disso, também foram compradas outras duas unidades da maior plataforma aérea telescópica do mundo - da mesma marca, que atinge 48 metros.

Mas não é só em compra de equipamentos que se baseia a política de expansão da empresa. Em fevereiro, R$ 90 milhões foram usados para comprar 25% de participação da principal concorrente, a Rohr, que no último ano teve receita operacional líquida de R$ 180 milhões e lucro líquido de R$ 20 milhões.

Na Assembleia Geral de acionistas da Rohr, a Mills elegeu um dos três representantes do conselho fiscal. "Estamos abertos a fazer novas aquisições, desde que gere valor e participação que façam sentido a nossos acionistas. Continuamos estudando outras empresas", revela, embora não divulgue detalhes. A alta carga de investimentos no triênio foi impulsionada pelo IPO da Mills, em abril do ano passado, que a capitalizou em R$ 411 milhões.
Valor 26.5.2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vulcabras prepara produção para atender Copa e Olimpíadas no Brasil

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Ao colocar o Brasil na "vitrine" do mundo, já que o País sediará as próximas edições da Copa do Mundo e as Olimpíadas, a Vulcabras , maior indústria de calçados e artigos esportivos da América Latina, se prepara para concorrer com grandes fabricantes do mercado esportivo, o que torna a competição no mercado interno ainda mais acirrada. "Em 2.011, temos importantes desafios a vencer. A grande "vitrine" em que o Brasil está colocado, ampliada pela realização dos importantes eventos esportivos de 2014 e 2016, atrai o interesse dos grandes atores do mercado esportivo e torna a competição nos nossos mercados ainda mais acirrada. A concorrência ganhou especial incentivo com a sobrevalorização do real (que no trimestre valorizou-se mais 3,8%) e com o forte crescimento das importações de calçados (de 66,3% no 1º trimestre de 2011 em dólares, sobre o mesmo período de um ano antes), afirma o presidente Milton Cardoso -

Segundo o executivo, neste ambiente A Vulcabras não quer ceder participação de mercado, como pretende ampliá-la. "Assim nossos programas de redução de custos e aumento de produtividade e de diversificação de nossas bases industriais, anunciados no nosso relatório anual, seguem em ritmo acelerado. Desta maneira, estamos nos preparando não apenas para manter e ampliar nossa liderança em diversos mercados, como para recuperar nossas margens de operação. ", explica Cardoso.

Em 2011, a Vulcabras/Azaleia prepara mudanças nas estratégias de produção. A companhia implementará um agressivo projeto de ganho de produtividade e redução de custos nas fábricas brasileiras, assim como aumentará a participação das fábricas no exterior, agregando, já no segundo semestre, os primeiros resultados dos investimentos na Índia.

Representado pelas marcas Olympikus e Reebok, o segmento é o mais representativo da empresa e contribuiu com 71,5% da receita operacional bruta no primeiro trimestre de 20111, com crescimento de 8,8% das vendas.

A Olympikus manteve sua liderança no mercado de esportivos (13,0% em volumes). Já a marca Reebok lançou novas e inovadoras tecnologias no mercado. O foco do trimestre foi a comunicação do EasyTone, sucesso no mercado internacional e que foi lançado no Brasil ano passado.

O segmento inclui as marcas Azaleia e Dijean, que durante o trimestre intensificaram a comunicação com o público por meio de novas campanhas, produtos e intensa presença na mídia.
DCI 19.5.11

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Jogos Olímpicos e Copa atraem ao Brasil atenção da chinesa Hytera

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Thomas Ferrari, vice-presidente de vendas e comércio da Hytera, não descarta produção local em médio prazo
Se o mercado brasileiro é visto hoje por muitas empresas estrangeiras como um "negócio da China", entre outros motivos devido à realização de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada, a Hytera - fornecedora de equipamentos de radiocomunicação - pretende levar essa expressão ao pé da letra.

A fabricante chinesa está investindo na abertura de um escritório no Brasil. A nova estrutura será a primeira da companhia na América Latina e vai centralizar os negócios na região.

Com a experiência acumulada em eventos como os Jogos Olímpicos de Pequim, realizados em 2008, a Hytera espera aproveitar as perspectivas de negócio criadas na trilha das duas competições programadas para o Brasil.

"Queremos fornecer equipamentos tanto para a organização dos eventos como para as obras de infraestrutura que giram em torno deles", diz Thomas Ferrari, vice-presidente de vendas e comércio da Hytera América. O executivo vai liderar a operação no país.

Com faturamento global de 152 milhões e presente no Brasil desde 2004, a Hytera atuava por meio de dois distribuidores exclusivos e uma rede de cerca de 200 revendas. O comando da operação era de responsabilidade do escritório da empresa em Miami.

A unidade brasileira vai abrigar as áreas de vendas, marketing, engenharia, suporte e manutenção. O objetivo, diz Ferrari, é melhorar os serviços de suporte e manutenção prestados pelas revendas, bem como treinar esses parceiros para a venda de novas tecnologias.

Seguindo uma tendência comum entre as principais fabricantes do setor, como Motorola e Kenwood , a Hytera aposta na migração da oferta de rádios analógicos para os digitais. Os novos equipamentos adicionam recursos como transmissão de dados, encriptação das chamadas de voz e o uso de aplicativos de localização.

Segundo Ferrari, a estratégia da Hytera será reforçar a venda da nova oferta de produtos a empresas de construção, transportes, segurança, energia e petróleo. Embora não revele investimentos e receitas da Hytera no Brasil, a companhia projeta um crescimento anual superior a 50% no país até 2014.

Com fabricação em Hong Kong, Ferrari não descarta produzir, em médio prazo, os equipamentos no Brasil, seja por meio de fabricação própria ou de terceiros. "Tudo dependerá da resposta do mercado", diz o executivo.
Valor 04.5.11

segunda-feira, 2 de maio de 2011

BNDES ProCopa Turismo aprova R$ 32,5 mi para hotel em Aparecida (SP)

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O BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 32,5 milhões para construção de um hotel de 330 quartos na cidade de Aparecida, em São Paulo. O beneficiário dos recursos — que serão repassados pelo Bradesco, através de operação indireta — será a associação civil Santuário Nacional de Aparecida (SNA), instituição religiosa sem fins lucrativos constituída por membros da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O hotel integra o projeto Cidade do Romeiro — complexo que a SNA está erguendo próximo à Basílica de Aparecida — e será financiado com recursos do programa BNDES ProCopa Turismo, instituído pelo Banco com o objetivo de apoiar a ampliação e modernização do parque hoteleiro nacional até a Copa do Mundo de 2014.

Os recursos do BNDES correspondem a 62,6% dos investimentos e viabilizarão um empreendimento de padrão econômico, composto de 15 pavimentos e que disporá, além dos 330 quartos, de restaurante, capela e áreas de lazer.

Situado entre as duas maiores metrópoles brasileiras e a duas horas de Guarulhos, o hotel — cuja construção teve início em maio de 2010 e tem conclusão prevista para agosto de 2012 — incorpora conceitos de sustentabilidade ambiental, tais como reutilização de água, cobertura verde sobre pavimentos inferiores (para estimular resfriamento natural) e implantação de sistema de aquecimento híbrido, com matrizes energéticas de baixo impacto (gás e solar).
site do BNDES 29.4.2011