sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

BNDES aprova R$ 400 milhões para a Arena Pernambuco

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O BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 400 milhões para viabilizar a implantação da Arena Pernambuco, uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O estádio, com capacidade para 46 mil espectadores, será construído na cidade de São Lourenço da Mata, região metropolitana do Recife.

Os recursos do BNDES correspondem a 75% do investimento total, conforme limite estabelecido pelo programa BNDES ProCopa Arenas. O prazo de construção está estimado em 30 meses. Uma vez concluído, o equipamento será dotado de assentos individuais, numerados e à prova de fogo, sinalização interna e externa trilíngue e sistema de monitoramento por câmeras.

O beneficiário do financiamento é o governo do Estado. O projeto é uma PPP na modalidade Concessão Administrativa, para operação e manutenção da Arena por um período de 33 anos. A licitação foi vencida pelo consórcio Cidade da Copa, formado por empresas da Odebrecht S/A, que constituíram, por sua vez, a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S/A.

O empreendimento será construído pela SPE com recursos próprios e financiamentos de instituições financeiras públicas e privadas. Após concluída a obra, o Estado ressarcirá à SPE parte do montante investido na implantação da arena. Dada a estruturação da presente PPP, o financiamento do BNDES foi dividido em dois subcréditos: R$ 5,4 milhões para contratação de auditoria independente da execução físico-financeira das obras e R$ 394,6 milhões para o ressarcimento posterior à execução.

A previsão é que sejam gerados 1.500 empregos diretos e 7.500 indiretos na fase de construção, e 1.100 diretos e 3.300 indiretos na fase operacional. Estima-se também a criação de 3 mil postos de trabalho para execução de projeto imobiliário com cerca de 9 mil unidades residenciais e comerciais que a SPE executará, com recursos próprios, no entorno da Arena, compondo a chamada Cidade da Copa.

Balanço – O programa BNDES ProCopa Arenas, instituído pelo Banco em janeiro de 2010 e que segue vigente até dezembro deste ano, recebeu, até o momento, seis pedidos de financiamento: Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso e Rio de Janeiro, além de Pernambuco.

Todos já foram aprovados e, dentre estes, quatro estão contratados: AM, BA, CE e MT. A contratação é a última etapa de um projeto no BNDES, a partir da qual pode ter início o cronograma de desembolsos. Os projetos do Rio de Janeiro e, agora, o de Pernambuco estão aprovados, em vias de contratação.
fonte BNDES 27.01.11

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Copa de 2014 atrai mais investidores para hotéis

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Com a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpico cresce o apetite de investidores pelo mercado hoteleiro no Brasil.

Cerca de 60 empresários estrangeiros manifestaram a intenção em aplicar US$ 1 bilhão no Brasil para aquisição e desenvolvimento de hotéis nos próximos dois anos, segundo levantamento feito pela consultoria Ernst & Young, divulgado em dezembro.

"Alguns hotéis foram comercializados em 2010 e pelo menos uma dezena está em fase de fechamento de negócio, cujos investimentos são provenientes de fundos europeus, principalmente, português e espanhol", afirma Bruno Omori, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Pau (Abih/SP).

A decisão dos empreendedores em apostar no Brasil, além de ter na mira os grandes eventos esportivos, é impulsionada pelo aquecimento da economia brasileira e estabilidade financeira do país. Outro fator que motiva os investidores é que São Paulo precisa de mais hotéis. Para Omori, a demanda faz com que o retorno volte a ser tão atrativo quanto tem sido o investimento em imóveis residenciais.

A capital paulista abriga 42 mil apartamentos e até o ano de 2014 deverá ter um acréscimo de mais 2 mil quartos de hotéis "Atualmente, temos a maior oferta da América do Sul com 430 hotéis na capital e cerca de 2.500 em todo o Estado de São Paulo", diz Omori. O Rio de Janeiro vem a seguir com 25 mil apartamentos e, terceiro lugar, está Buenos Aires, com cerca de 18 mil apartamentos e cerca de 240 hotéis. "Hoje, São Paulo seria a única cidade do Brasil que poderia sediar a Copa", conclui

Ele calcula que, até 2014, São Paulo ganhará ao redor de 2,5 mil novos apartamentos de hotéis. Em quatro anos o Estado deverá ter investimentos de R$ 12 bilhões, dos quais R$ 4,2 bilhões serão absorvidos na capital. "Em torno de R$ 1,2 bilhão será empregado em novos empreendimentos, enquanto o restante será utilizado em reformas", afirma.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu uma linha de crédito com valor inicial de R$ 1 bilhão para reforma e construção de novos hotéis. De março a setembro, o banco contabilizou R$ 610 milhões em pedidos de financiamento. Apesar dos altos desembolsos no setor, Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo (SP Turis), não está tão otimista. "Um hotel padrão cinco estrelas para ficar pronto em 2014 precisa começar a sair do papel hoje. Não temos, em São Paulo, nenhum projeto deste porte em andamento", afirma.

Com a expansão da rede hoteleira, a curva de contratações de funcionários manterá a curva ascendente. Hoje, existem 100 mil profissionais atuando no setor, dos quais 40 mil estão na capital paulista. A estimativa para 2014 é que a capital abrigará 47 mil funcionários, devendo atingir 60 mil no período da Copa. O total do Estado será de 160 mil, com alta de 20% na época dos jogos. (R.C.)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Atlantica levanta R$ 1 bi para 18 hotéis

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Annie Morrisey, da Atlantica, diz que a rede tem a meta de arrecadar mais R$ 1 bilhão para construir 18 hotéis até 2014

Duas grandes redes hoteleiras que operam marcas internacionais, a brasileira Atlantica Hotels e a espanhola Sol Meliá, deverão movimentar R$ 2,6 bilhões para a construção de 40 hotéis até a realização da Copa do Mundo de Futebol, em 2014.

Somente a Atlantica pretende levantar entre investidores R$ 2 bilhões para a construção de 36 hotéis no país. Destes, 18 contratos, equivalentes a R$ 1 bilhão, já foram assinados. A rede atual tem 76 empreendimentos com bandeiras como Radisson, Go In, Comfort e Quality.

A Sol Meliá, por sua vez, tem planos de alavancar R$ 600 milhões para quatro empreendimentos no país. Atualmente, a empresa espanhola tem 14 unidades no mercado brasileiro e inicia em março a construção de um complexo hoteleiro na Bahia. Esse projeto envolve R$ 750 milhões.

"Os recursos serão levantados entre fundos de investimento, imobiliárias e pessoas físicas que queiram investir em hotéis", afirma a vice-presidente de vendas e marketing da Atlantica, Annie Morrisey.

De acordo com ela, os 36 novos empreendimentos correspondem a 6,2 mil quartos. Serão criados, em quatro anos, 2.800 empregos diretos.

"Os investimentos serão destinados a projetos de novos hotéis ou na reforma interna de imóveis com a preservação da fachada externa", diz o vice-presidente da Sol Meliá Brasil, Rui Manuel Oliveira.

O executivo conta que as obras da primeira fase de um projeto de R$ 750 milhões para um complexo hoteleiro na Bahia começarão em meados de março. Nessa etapa, que envolve um hotel de alto padrão com 225 quartos, estão sendo aplicados R$ 150 milhões pela própria Sol Meliá, com apoio de financiamento bancário.

A conclusão do complexo está prevista para os próximo oito anos. Ele prevê 2.800 quartos de hotel, 500 casas residenciais, 1,4 mil apartamentos residenciais, centro de convenções e campo de golfe, entre outros atrativos. Os R$ 600 milhões restantes para o projeto serão obtidos entre potenciais investidores.

Tanto a Atlantica quanto a Sol Meliá comemoram bons desempenhos no ano passado. As vendas da Atlantica somaram R$ 473,6 milhões em 2010, o que representou um crescimento de 26% na comparação com o ano anterior. Para 2011 a projeção alcança 20% de expansão. A ocupação dos hotéis aumentou 10% e a diária média teve reajuste de 8%.

A Sol Meliá teve aumento de 25% no faturamento do ano passado, em relação a 2009, no Brasil. O valor, no entanto, não é divulgado pela empresa. A ocupação dos imóveis registrou crescimento de 15%. A diária média nos hotéis da rede teve reajuste médio de 15% em 2010.

"Como há crescimento de demanda, é natural que o preço suba", afirma Oliveira.
Alberto Komatsu | De São Paulo / Ana Paula Paiva/Valor /21/01/2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

BNDES assina contrato de financiamento da Arena Fonte Nova com o Estado da Bahia

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Também estão contratados projetos de AM, CE e MT; RJ está aprovado, em vias de contratação, enquanto PE está em análise

O BNDES e o governo do Estado da Bahia assinaram contrato de financiamento no valor de R$ 323,6 milhões para construção da Arena Fonte Nova, que receberá jogos da Copa do Mundo de 2014.

Os recursos do BNDES, que correspondem a 46% do investimento total, serão utilizados na construção de um estádio com capacidade para 50.273 espectadores, o que o habilita a receber, de acordo com os normativos da FIFA, jogos de quartas-de-final.

Também foi contratado o financiamento de R$ 400 milhões para construção da Arena da Amazônia, em Manaus. O valor foi dividido em dois subcréditos: R$ 11,8 milhões para elaboração do projeto executivo da Arena e R$ 388,2 milhões para execução das obras. A liberação do segundo subcrédito acompanhará o andamento das obras.

Já haviam sido contratados no âmbito do programa BNDES ProCopa Arenas os projetos do Ceará (R$ 351,5 milhões para reforma do Castelão) e do Mato Grosso (R$ 393 milhões para construção da Arena Multiuso Pantanal). Os quatro projetos contratados até agora foram aprovados em setembro de 2010.

A contratação é a etapa final do trâmite de um projeto no BNDES. Quando o contrato é assinado é que tem início o cronograma de desembolsos. A liberação de recursos, como ocorre em todos os financiamentos do Banco, é gradual, concomitante ao andamento e à execução das obras.

Outro empreendimento que será financiado pelo BNDES é a reforma do Maracanã, cujo projeto foi aprovado em outubro último pela diretoria. Atualmente o financiamento está em vias de contratação, para que posteriormente tenha início o cronograma de desembolsos.

A Arena Pernambuco, última das seis arenas que solicitaram financiamento ao BNDES até o momento, está com o seu projeto em fase final de análise pela área técnica do Banco. Uma vez concluída essa etapa, o material será enviado para análise pela diretoria.

fonte: BNDES 11/01/2011