terça-feira, 13 de setembro de 2011

Copa vai movimentar R$ 10 bilhões em negócios no Estado

Levantamento divulgado pelo Sebrae identificou 456 oportunidades para micro e pequenas empresas de São Paulo
A Copa do Mundo de 2014 vai gerar oportunidades para 300 mil micro e pequenas empresas paulistas. Juntas, elas devem movimentar R$ 10 bilhões em negócios até o final do evento. Só na capital, serão 111 mil empresas beneficiadas. A estimativa é de um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e divulgado nesta segunda-feira, 12, pelo Sebrae. O levantamento identificou 456 oportunidades de negócios para as micro e pequenas empresas em sete segmentos - agronegócio, madeiras e móveis, têxtil e vestuário, turismo, produção associada ao turismo, serviços e tecnologia da informação. O mercado mais promissor, segundo o estudo, é o de tecnologia da informação, onde foram identificadas 80 chances. Em seguida, aparece o agronegócio, com 75 oportunidades, e turismo e produção associada ao turismo que, juntos, somam 139 chances. Agora, o Sebrae mapeia quais negócios podem dar certo no comércio varejista e construção civil. Nos próximos meses, a entidade divulgará oportunidades também nesses setores. "Acreditamos que na região de Itaquera, no entorno do estádio, existirá forte demanda para a venda de bens e serviços", diz o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. O estudo identificou também 103 dificuldades que as micro e pequenas empresas de cada setor enfrentarão até 2014, e aponta 158 sugestões de ações que deverão ser organizadas pelos setores público e privado no Estado de São Paulo para solucionar esses problemas. Gargalos. Entre os principais gargalos estão a burocracia em licitações, a alta carga tributária, falta de formalização do empresário e desconhecimento sobre sustentabilidade e responsabilidade social. "Estamos conversando com grandes companhias para identificar em quais situações a pequena empresa poderia se tornar fornecedora de produtos e serviços. Queremos entender os requisitos necessários para essa parceria e contribuir com essa aproximação", diz Barretto. Até 2013, a entidade vai investir R$ 80 milhões em iniciativas para que os pequenos negócios aproveitem as oportunidades da competição esportiva. O Sebrae vai promover, por exemplo, rodadas de negócios para favorecer o fechamento de contratos e realizar ações para facilitar a formalização dos empreendimentos. O primeiro evento do gênero aconteceu ontem, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo. Na capital, foram realizados seis fóruns para empreendedores dos sete segmentos contemplados pelo estudo conhecerem as oportunidades de cada setor, trocarem informações e realizarem as primeiras negociações. "A Copa já começou e as empresas precisam ter em mente que devem se formalizar e se planejar para aproveitar", afirma o superintendente do Sebrae em São Paulo, Bruno Caetano. André Fernandes, sócio-diretor da consultoria MV Engenharia de alimentos, da cidade de Jundiaí, participou dos fóruns. "Quero entender melhor as necessidades dos meus compradores e as demandas a serem atendidas pelos meus fornecedores", disse o empresário, que espera dobrar o faturamento até 2014. Já o presidente da empresa de tecnologia Núcleo Base, de Presidente Prudente, estava animado com as previsões para o mercado de TI. Desde o início do ano ele participa de um arranjo produtivo local com outras 31 empresas da sua cidade, de olho nas oportunidades geradas pelo Mundial. "Estamos ainda mais otimistas com a possibilidade de Presidente Prudente ser subsede da Copa", diz. O empresários interessados em participar gratuitamente de consultorias, palestras e outros programas promovidos pelo Sebrae podem encontrar mais informações nos escritórios regionais da entidade, no site do Sebrae ou pelo telefone 0800 570 0800. Ligia Aguilhar, de O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Oferta de quartos no Rio vai crescer 27% em dois anos

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Abel Castro, diretor de desenvolvimento de novos negócios da Accor: "A demanda no Rio só cresce e nossa aposta é que se manterá porque aqui estão Petrobras e Vale".
O Rio de Janeiro tem hoje 3.548 quartos de hotéis sendo construídos e outros 3.560 em projetos licenciados a serem entregues até dezembro de 2013. O número de habitações deve crescer 26,9% no período, de 26.558 para 33.394. A expectativa da Rio Negócios, agência de promoção da Prefeitura do Rio, é de que este ritmo seja suficiente para atingir a meta de 47 mil quartos, assinada no compromisso com o Comitê Olímpico Internacional (COI) até 2016. A demanda por quartos na cidade cresce de 5% a 7% por ano.

A agência informou que a bandeira Hyatt vai operar um empreendimento de 408 quartos na Barra da Tijuca. Está ainda prevista a construção de três hotéis da rede Windsor e de pelo menos sete da Accor. A equipe da Rio Negócios registra ainda a possibilidade de que sejam anunciados outros 3.198 quartos na cidade.

O Rio de Janeiro é hoje a cidade que tem a maior tarifa média do país. Uma diária no Rio sai, em média, por R$ 281,70, 23, ou 8% acima da cobrada pelo segundo colocado, a cidade de São Paulo, com R$ 227,50. Apesar disso, a ocupação também é a maior do país, com 78,9% em abril deste ano, bem acima dos 71,5% de São Paulo.

"Ninguém sabia ao certo quantos quartos a cidade tinha. Havia dados das associações de hotéis, que só contabilizavam o número de apartamentos de seus associados. Por isso, a primeira medida que tomamos foi, junto a Riotur, fazer uma pesquisa real e chegamos ao números", diz o diretor executivo da Rio Negócios, Marcelo Haddad. "Em seguida, a prefeitura criou uma lei que dá incentivos aos hotéis, fazendo o custo de construção cair 20%".

Houve isenção de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) durante as obras, de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) em compra e venda de imóveis destinados ao setor até 2012 e redução de Imposto sobre Serviços (ISS) para 0,5% até 2015 para serviços prestados para construção e reconversão em hotéis. Segundo o executivo, depois que a lei foi aprovada, em 2010, nove novos hotéis foram anunciados.

"Há uma série de redes, inclusive asiáticas, procurando terrenos para se instalar na cidade. O problema é que nas áreas de maior demanda não há espaço", diz o diretor. A própria Rio Negócios tem uma equipe de geógrafos mapeando a cidade, atrás de terrenos disponíveis. "O nosso objetivo é viabilizar a entrada de mais redes".

Para rede Accor, o Rio é, atualmente, a melhor praça do Brasil. A afirmação é de Abel Castro, diretor de desenvolvimento de novos negócios do grupo no Brasil. Além dos sete hotéis já anunciados, a empresa planeja mais quatro, dois deles no Shopping Nova América, em Del Castilho, Zona Norte, e um em Botafogo. O quarto ainda está sendo negociado e provavelmente será no Centro da cidade. "Independentemente de Olimpíadas e Copa do Mundo, já tínhamos decidido investir forte no Rio. É uma cidade em que a oferta está reduzida e a demanda não para de crescer", explica o diretor da Accor. Das marcas já anunciadas, serão seis Ibis, dois Novotel e um Mercure.

"A demanda no Rio só cresce e nossa aposta é que se manterá porque aqui estão empresas como Petrobras e Vale. Além disso, ainda há muito crescimento por conta do polo petroquímico de Itaboraí e a siderúrgica de Itaguaí". O executivo da Accor destaca que todos querem ficar na capital.

Castro reconhece que a forte demanda imobiliária no Rio está fazendo os terrenos ficarem caros. "Mesmo onde ainda há terrenos, como na Barra, os preços estão altos". Mas revela que, como o grupo está há 35 anos no mercado do Rio, consegue praticar margem de lucro menor -- mesmo assim, ela é 22% maior do que a de São Paulo.

Depois da inauguração do Pullman (bandeira para hóspedes de 30 a 60 anos, viajando a negócios), em São Paulo, o grupo planeja trazer a marca para o Rio. "Faz todo sentido. E na cidade há pouquíssimas opções para este público".

Rafael Guaspari, presidente da Atlantica Hotels, concorda que há carência de hospedagem na cidade e que o mercado está muito atrativo. Mas revela que o sonho de todo investidor é estar na Zona Sul ou no máximo no Centro e não na Barra da Tijuca. "Dinheiro não falta. O que faltam são terrenos". Para fugir disso, a empresa investe em hotéis fora do Centro. Fará três na Baixada Fluminense, dois em Duque de Caxias e um em São João de Meriti e três na grande Niterói, um em Itaguaí e dois em Itaboraí. "Nosso objetivo é ficar mais próximo dos polos de crescimento industrial do petróleo".
Valor 01.7.2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Maioria das obras da Copa ainda está no papel

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As obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 ainda demoram a sair do papel. Segundo acompanhamento do Ministério do Esporte, apenas 19 das 82 obras previstas em estádios, transporte urbano, aeroportos e portos foram iniciadas. O atraso maior ocorre nos portos, onde nenhum dos projetos está em execução.

Os dados foram apresentados pelo coordenador das câmaras temáticas do Ministério do Esporte, Joel Fernando Benin, em audiência pública promovida ontem em São Paulo pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) e pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo (Crea).

Estão previstos R$ 741 milhões em investimentos para melhoria de sete portos até 2014 - Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Natal (RN) e Manaus (AM). O processo mais adiantado é o de Manaus, em fase de licitação. Em 2010, porém, o início das obras no porto era esperado para o primeiro semestre de 2011. Os demais projetos estão sendo elaborados.

Para mobilidade urbana, área que deve receber R$ 11,9 bilhões de investimentos em 50 projetos, o cenário também não é muito animador. Somente quatro obras já foram iniciadas, em Belo Horizonte, Cuiabá, Recife e Rio de Janeiro.

Dos 13 aeroportos localizados em cidades-sede da Copa, as obras de ampliação estão em andamento em cinco deles - Brasília, Natal (RN), Rio de Janeiro, Guarulhos (SP) e Campinas (SP). Apesar de já ter sido iniciada, a obra no aeroporto de Natal é a que deve demorar mais tempo para ficar pronta: agosto de 2014. O total de investimentos da Infraero nos 13 aeroportos até 2014 é de R$ 5,6 bilhões.

As obras devem preparar a estrutura aeroportuária para a demanda do evento. Apenas nos dois meses de duração da Copa, a Infraero calcula que o aumento de passageiros nos 13 aeroportos será de até 1,2 milhão de pessoas nos voos internacionais, e de até 1,5 milhão em viagens domésticas.

Em relação aos estádios, somente as cidades de São Paulo e Natal ainda não começaram as obras.

Segundo Pedro Benventura, coordenador da Secretaria de Planejamento do Estado de São Paulo, os projetos paulistas de infraestrutura são os mesmo já programados antes de haver a Copa nos planos. A única diferença é haver uma maior mobilização para a execução. "Devido ao evento, há um movimento maior até para a concessão de financiamentos, o que ajuda a agilizar os projetos", diz.

A linha 17-Ouro, que fará a ligação do aeroporto de Congonhas à rede de metrô paulista, já foi licitada mas a assinatura do contrato está impedida por uma liminar. O acesso ao aeroporto de Guarulhos, por sua vez, deve ser garantido com linhas de ônibus especiais até o metrô Itaquera, segundo Alberto Lauletta, assessor da Secretaria de Desenvolvimento Urbano da prefeitura de São Paulo. Os dois projetos estaduais de ligação ferroviária com o aeroporto de Guarulhos - o Expresso Aeroporto e o Trem de Guarulhos - estão parados aguardando o resultado da licitação do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo, obra do governo federal.

Apesar dos atrasos nas obras para a Copa, Marcos Túlio de Melo, presidente do Confea, se diz otimista sobre o alcance dos resultados. "Tenho certeza de que vamos conseguir cumprir os prazos", diz.

A Copa do Mundo de 2014 deve gerar um impacto econômico direto no Produto Interno Bruto (PIB) do país de R$ 47 bilhões, de acordo com previsão do Ministério do Esporte. A arrecadação de tributos relacionados as atividades do evento esportivo é estimada em R$ 16,8 bilhões até 2014.

A geração de empregos permanentes impulsionada pelo evento no período de 2009 a 2014 deve ser de 332 mil vagas. Também é prevista a geração de 381 mil empregos temporários apenas em 2014.
Valor 22.6.2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Financiamento do BNDES para hotéis deve dobrar e chegar a R$ 2 bilhões

O superintendente da Área de Inclusão Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ricardo Luiz de Souza Ramos, afirmou, na última sexta feira que a linha de financiamento para o setor hoteleiro se preparar para a Copa do Mundo de 2014 deve chegar a R$ 2 bilhões. "Mais R$ 1 bilhão deve entrar para financiar não só a reforma e remodelação, como também a construção de novos hotéis", disse Ramos.

O BNDES já tinha lançado, em 2010, uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para o setor. Segundo Ramos, as taxas e os prazos dados para os financiamentos vão ser melhores se houver "compromisso ambiental" do empreendimento.

"A maioria dos projetos apresentados até agora é sustentável", ressaltou ele.

A notícia foi dada no seminário "Crescimento Econômico: Investimentos para Copa do Mundo e Olimpíadas", na sede do banco Central do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Entre os projetos que já estão recebendo recursos do banco estão o da reforma do Hotel Glória, de propriedade de Eike Batista, dono da EBX e o homem mais rico do Brasil, e o da construção de mais unidades da rede Ibis, em Copacabana.

Empresas

A boa perspectiva de financiamento e a possibilidade de ampliação do crédito para reforma e adequação de hotéis foram bem recebidas pelos empresários do setor, que já pensam em aumentar as perspectivas de crescimento para os próximos anos.

O presidente da rede portuguesa Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, afirmou que a ação do BNDES vem ao encontro do bom momento econômico do País. "Observado o déficit de leitos que encontramos nas cidades que irão sediar a Copa do Mundo e a quantidade de hotéis que ainda não se enquadram aos padrões necessários, a ação do governo já era esperada, por isso trabalharemos com mais essa margem de financiamento", disse.

O executivo afirmou, ainda, que, dado este novo cenário, novos estudos de ampliação serão realizados. "É uma boa notícia para o setor hoteleiro do Brasil, que vive um momento de ouro para quem já atua no País e tem a atenção de investidores estrangeiros que procuram alternativas de negócios por aqui", completou.

Quanto a as novidades do grupo para os próximos meses, o executivo traz novidades: "Já estamos nos preparando para novos lançamentos", finalizou.
DCI 15.5.2011

sexta-feira, 10 de junho de 2011

BID vai emprestar US$ 9 bilhões para a Copa

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Nos próximos quatro anos, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai concentrar até 80% de seus empréstimos reservados ao Brasil para financiar projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014 nas 12 cidades-sede do evento. Os desembolsos estrangeiros podem ultrapassar os US$ 9 bilhões nos próximos quatro anos, complementando investimentos da União e dos governos estaduais e municipais.
O colombiano Fernando Carrillo-Flórez, representante do BID no Brasil, revela que a maior parte dos recursos servirá para custear projetos de infraestrutura rodoviária, de transporte público e de saneamento básico. "O BID tem programado até 2014 uma carteira de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões. Até 80% desse montante será dirigido a iniciativas clássicas de infraestrutura e de saneamento", afirma.

Segundo o executivo, o BID definiu, no ano passado, uma agenda de trabalho com as capitais que sediarão a Copa. Além de infraestrutura, o banco distribuirá recursos para ações governamentais temáticas. "No Rio de Janeiro, vamos investir em programas de segurança pública. Em Manaus, teremos a promoção de ações de sustentabilidade. No Ceará, os empréstimos vão incentivar o turismo local. No Rio Grande do Sul, estamos fechando com o governo um sistema de transparência de gastos. São temas novos e cada experiência local pode ser replicada para outra cidade", explica Carrillo-Flórez.

Ele reconheceu que a maioria dos projetos de infraestrutura para a Copa do Mundo está em ritmo lento, mas descartou riscos que possam prejudicar a realização do evento. "Estou seguro de que as dificuldades serão superadas, percebemos grande vontade política, técnica e gerencial para superar os obstáculos", pondera.

Em 2010, o BID aprovou cerca de US$ 2,2 bilhões para ações em todo o país. Desse total, 20% foram emprestados a governos estaduais e prefeituras que aderiram ao programa do banco conhecido por "Profisco", que exige como contrapartida o aprimoramento da gestão fiscal pública.

Neste ano, o banco vai ajudar a União melhorar a eficiência da máquina pública. Segundo Carrillo-Flórez, a instituição vai atuar como agente de cooperação técnica na Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, programa federal comandado pelo empresário Jorge Gerdau Johannpeter. "Já aprovamos um programa de gestão para resultados no setor público, com indicadores de eficiência de gastos orçamentários e capacitação de administradores."

Na área de proteção social, o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, discutirá com a presidente Dilma Rousseff, no segundo semestre deste ano, como a instituição pode atuar no programa Brasil sem Miséria. "Queremos ser um canal para incentivar o setor privado a gerar oportunidades às classes D e E", adianta Carrillo-Flórez
Valor 10.6.2011

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Estádios da Copa de 2014 impulsionam receitas da Mills

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Para Ramon Vazquez, presidente da MIlls, que investirá R$ 1,1 bilhão entre 2010 e 2012, a "Copa é um ótimo negócio"
Apesar das críticas às construtoras devido ao ritmo de construção e reforma dos estádios para a Copa do Mundo de 2014, a fornecedora de equipamentos e serviços de engenharia Mills já recebe receitas provenientes das obras nas arenas esportivas. Somado a outros projetos de infraestrutura relacionados ao evento, principalmente no setor de transportes, o Mundial é a principal oportunidade da empresa nos últimos anos. "A Copa é um ótimo negócio", resume o presidente Ramon Vazquez.

Só nos cinco estádios onde presta serviços às empreiteiras, a Mills espera faturar até R$ 100 milhões. "Temos uma participação expressiva nessas arenas, porque são obras que usam muito concreto e exigem um serviço de forma e escoramento de peças muito delicado", diz. São eles: Estádio Nacional (Brasília), Arena Pantanal (Cuiabá), Arena Amazônia (Manaus), Arena Fonte Nova (Salvador) e Maracanã (Rio de Janeiro). "Temos interesse em prestar nossos serviços nos outros sete estádios também", diz.

Os eventuais atrasos no cronograma não assustam a empresa. "Estamos falando de grandes construtoras, que têm a experiência adequada para conduzir essas obras. A empresa não corre riscos por isso", garante Vazquez.

Não é só das arenas, no entanto, que a empresa que faturou no primeiro trimestre R$ 145 milhões e espera maior receita, e sim de outras obras de infraestrutura relacionadas à Copa - já que a maior parte do total de investimentos, segundo Vazquez, será feito fora dos estádios, principalmente em serviços de transporte. "Vamos nos beneficiar com as obras para o monotrilho em São Paulo, a linha 5 do metrô paulistano e a construção das vias na cidade para o BRT (sigla para Bus Rapid Transit, ônibus que circulam em via exclusiva e são uma alternativa mais barata ao metrô, em geral)", exemplifica.

Antecipando-se aos negócios gerados principalmente pelo evento, além de outras obras de infraestrutura - como serviços industriais na usina Angra 3 e no terminal portuário da CSN, ambos no Estado do Rio de Janeiro -, a Mills programou um cronograma de investimentos de R$ 1,1 bilhão entre 2010 e 2012. No próximo ano, a maior parte da quantia, aproximadamente R$ 400 milhões, será aplicada principalmente na aquisição de equipamentos. Entre eles, três unidades do que é considerada a maior plataforma aérea do mundo, a da fabricante JLG, usada para levar funcionários a alturas elevadas. Além disso, também foram compradas outras duas unidades da maior plataforma aérea telescópica do mundo - da mesma marca, que atinge 48 metros.

Mas não é só em compra de equipamentos que se baseia a política de expansão da empresa. Em fevereiro, R$ 90 milhões foram usados para comprar 25% de participação da principal concorrente, a Rohr, que no último ano teve receita operacional líquida de R$ 180 milhões e lucro líquido de R$ 20 milhões.

Na Assembleia Geral de acionistas da Rohr, a Mills elegeu um dos três representantes do conselho fiscal. "Estamos abertos a fazer novas aquisições, desde que gere valor e participação que façam sentido a nossos acionistas. Continuamos estudando outras empresas", revela, embora não divulgue detalhes. A alta carga de investimentos no triênio foi impulsionada pelo IPO da Mills, em abril do ano passado, que a capitalizou em R$ 411 milhões.
Valor 26.5.2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vulcabras prepara produção para atender Copa e Olimpíadas no Brasil

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Ao colocar o Brasil na "vitrine" do mundo, já que o País sediará as próximas edições da Copa do Mundo e as Olimpíadas, a Vulcabras , maior indústria de calçados e artigos esportivos da América Latina, se prepara para concorrer com grandes fabricantes do mercado esportivo, o que torna a competição no mercado interno ainda mais acirrada. "Em 2.011, temos importantes desafios a vencer. A grande "vitrine" em que o Brasil está colocado, ampliada pela realização dos importantes eventos esportivos de 2014 e 2016, atrai o interesse dos grandes atores do mercado esportivo e torna a competição nos nossos mercados ainda mais acirrada. A concorrência ganhou especial incentivo com a sobrevalorização do real (que no trimestre valorizou-se mais 3,8%) e com o forte crescimento das importações de calçados (de 66,3% no 1º trimestre de 2011 em dólares, sobre o mesmo período de um ano antes), afirma o presidente Milton Cardoso -

Segundo o executivo, neste ambiente A Vulcabras não quer ceder participação de mercado, como pretende ampliá-la. "Assim nossos programas de redução de custos e aumento de produtividade e de diversificação de nossas bases industriais, anunciados no nosso relatório anual, seguem em ritmo acelerado. Desta maneira, estamos nos preparando não apenas para manter e ampliar nossa liderança em diversos mercados, como para recuperar nossas margens de operação. ", explica Cardoso.

Em 2011, a Vulcabras/Azaleia prepara mudanças nas estratégias de produção. A companhia implementará um agressivo projeto de ganho de produtividade e redução de custos nas fábricas brasileiras, assim como aumentará a participação das fábricas no exterior, agregando, já no segundo semestre, os primeiros resultados dos investimentos na Índia.

Representado pelas marcas Olympikus e Reebok, o segmento é o mais representativo da empresa e contribuiu com 71,5% da receita operacional bruta no primeiro trimestre de 20111, com crescimento de 8,8% das vendas.

A Olympikus manteve sua liderança no mercado de esportivos (13,0% em volumes). Já a marca Reebok lançou novas e inovadoras tecnologias no mercado. O foco do trimestre foi a comunicação do EasyTone, sucesso no mercado internacional e que foi lançado no Brasil ano passado.

O segmento inclui as marcas Azaleia e Dijean, que durante o trimestre intensificaram a comunicação com o público por meio de novas campanhas, produtos e intensa presença na mídia.
DCI 19.5.11

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Jogos Olímpicos e Copa atraem ao Brasil atenção da chinesa Hytera

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Thomas Ferrari, vice-presidente de vendas e comércio da Hytera, não descarta produção local em médio prazo
Se o mercado brasileiro é visto hoje por muitas empresas estrangeiras como um "negócio da China", entre outros motivos devido à realização de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada, a Hytera - fornecedora de equipamentos de radiocomunicação - pretende levar essa expressão ao pé da letra.

A fabricante chinesa está investindo na abertura de um escritório no Brasil. A nova estrutura será a primeira da companhia na América Latina e vai centralizar os negócios na região.

Com a experiência acumulada em eventos como os Jogos Olímpicos de Pequim, realizados em 2008, a Hytera espera aproveitar as perspectivas de negócio criadas na trilha das duas competições programadas para o Brasil.

"Queremos fornecer equipamentos tanto para a organização dos eventos como para as obras de infraestrutura que giram em torno deles", diz Thomas Ferrari, vice-presidente de vendas e comércio da Hytera América. O executivo vai liderar a operação no país.

Com faturamento global de 152 milhões e presente no Brasil desde 2004, a Hytera atuava por meio de dois distribuidores exclusivos e uma rede de cerca de 200 revendas. O comando da operação era de responsabilidade do escritório da empresa em Miami.

A unidade brasileira vai abrigar as áreas de vendas, marketing, engenharia, suporte e manutenção. O objetivo, diz Ferrari, é melhorar os serviços de suporte e manutenção prestados pelas revendas, bem como treinar esses parceiros para a venda de novas tecnologias.

Seguindo uma tendência comum entre as principais fabricantes do setor, como Motorola e Kenwood , a Hytera aposta na migração da oferta de rádios analógicos para os digitais. Os novos equipamentos adicionam recursos como transmissão de dados, encriptação das chamadas de voz e o uso de aplicativos de localização.

Segundo Ferrari, a estratégia da Hytera será reforçar a venda da nova oferta de produtos a empresas de construção, transportes, segurança, energia e petróleo. Embora não revele investimentos e receitas da Hytera no Brasil, a companhia projeta um crescimento anual superior a 50% no país até 2014.

Com fabricação em Hong Kong, Ferrari não descarta produzir, em médio prazo, os equipamentos no Brasil, seja por meio de fabricação própria ou de terceiros. "Tudo dependerá da resposta do mercado", diz o executivo.
Valor 04.5.11

segunda-feira, 2 de maio de 2011

BNDES ProCopa Turismo aprova R$ 32,5 mi para hotel em Aparecida (SP)

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O BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 32,5 milhões para construção de um hotel de 330 quartos na cidade de Aparecida, em São Paulo. O beneficiário dos recursos — que serão repassados pelo Bradesco, através de operação indireta — será a associação civil Santuário Nacional de Aparecida (SNA), instituição religiosa sem fins lucrativos constituída por membros da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O hotel integra o projeto Cidade do Romeiro — complexo que a SNA está erguendo próximo à Basílica de Aparecida — e será financiado com recursos do programa BNDES ProCopa Turismo, instituído pelo Banco com o objetivo de apoiar a ampliação e modernização do parque hoteleiro nacional até a Copa do Mundo de 2014.

Os recursos do BNDES correspondem a 62,6% dos investimentos e viabilizarão um empreendimento de padrão econômico, composto de 15 pavimentos e que disporá, além dos 330 quartos, de restaurante, capela e áreas de lazer.

Situado entre as duas maiores metrópoles brasileiras e a duas horas de Guarulhos, o hotel — cuja construção teve início em maio de 2010 e tem conclusão prevista para agosto de 2012 — incorpora conceitos de sustentabilidade ambiental, tais como reutilização de água, cobertura verde sobre pavimentos inferiores (para estimular resfriamento natural) e implantação de sistema de aquecimento híbrido, com matrizes energéticas de baixo impacto (gás e solar).
site do BNDES 29.4.2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

Para TCU, não se fez quase nada para a Copa de 2014

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Ministro Valmir Campelo: "Ainda não é o caso de acender a luz vermelha."
O Tribunal de Contas da União (TCU) traçou, ontem, um quadro preocupante das obras para Copa do Mundo de futebol de 2014. De um total de R$ 1,868 bilhão em financiamento do BNDES já contratados para a construção de estádios, segundo o TCU apenas R$ 6 milhões foram liberados até agora. Nenhuma obra de melhoria e ampliação dos portos de sete cidades-sede da Copa foi iniciada, enquanto que a reforma e ampliação de oito aeroportos estão apenas no papel.

O mais grave, no entanto, é a situação dos projetos de mobilidade urbana, aqueles que facilitarão o deslocamento das pessoas nas cidades-sede da Copa. Dezessete projetos não foram sequer iniciados e o ministro do TCU responsável pelo acompanhamento das obras da Copa, Valmir Campelo, se mostrou preocupado especialmente com o andamento dos projetos em São Paulo.

Somente ontem os governos do Estado e do município anunciaram um acordo pelo qual pretendem investir R$ 478 milhões em obras de mobilidade urbana no bairro de Itaquera, região em que será construído o estádio do Corinthians, que deverá ser utilizado na Copa. Os planos iniciais de transporte urbano de São Paulo foram feitos para a região do Morumbi, mas o estádio do São Paulo, ali localizado, acabou sendo vetado pela Fifa.

Em meio a esse cenário preocupante, o governo federal decidiu incorporar o TCU nas discussões sobre a aprovação de regras 'mais flexíveis' para as obras da Copa e da Olimpíada de 2016, que será realizada no Rio de Janeiro. Ontem, o ministro chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, e o presidente da Infraero, Gustavo do Valle, conversaram com o presidente do TCU, ministro Benjamin Zymler.

Antes do encontro, Zymler explicou que a ideia em discussão com o governo é criar "um regime simplificado e diferenciado para as obras da Copa do Mundo e da Olimpíada". Segundo ele, as mudança em discussão buscam agilizar as licitações e contratações, com alterações em uma infinidade de procedimentos que hoje atrasam os empreendimentos. Entre as inovações, ele citou a possibilidade de inversão de fase de habilitação e de julgamento, o regime de empreitada integral, a criação de contratos de eficiência e a fase de lances (secretos ou abertos).

As mudanças estão sendo examinadas por um grupo com representantes do governo, do Congresso Nacional e agora do TCU. Depois que esse grupo chegar a um entendimento, as propostas poderão ser incorporadas no texto de alguma medida provisória em tramitação no Congresso Nacional, como informou, na semana passada, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

O ministro Valmir Campelo fez ontem uma apresentação sobre a situação atual das obras da Copa do Mundo para uma plateia formada pelos demais ministros do TCU, por funcionários do Tribunal e por representantes da imprensa. Um quadro apresentado por Campelo mostrou que apenas cinco financiamentos do BNDES para a construção de estádios de futebol, de um total de dez, foram contratados até agora. Os engenheiros do TCU estão sendo utilizados para fazer os projetos executivos das obras dos estádios, pois o BNDES não possui engenheiros suficientes para essa tarefa. Os R$ 6 milhões dos financiamentos liberados até agora foram justamente para realizar estudos de projetos do estádio de Manaus.

As obras de reforma e ampliação dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Curitiba, Cuiabá, Confins (MG), Porto Alegre, Brasília e Recife não foram iniciadas. Mesmo assim, Campelo não concordou com a recente avaliação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de que as obras de alguns desses aeroportos não serão concluídas a tempo da Copa do Mundo. "Poderão ocorrer alguns atrasos e algumas coisas improvisadas", disse Campelo. "Mas acredito que as metas serão cumpridas", acrescentou. "Ainda não é o caso de acender a luz vermelha."

Na sua exposição, Campelo ressaltou que a atuação do TCU tem sido cooperativa e preventiva para evitar problemas. "Nós não queremos ser empecilho." A mensagem da sua exposição Campelo foi a de que se houver atraso nas obras, a culpa não será do TCU, que tenta ajudar e corrigir eventuais problemas antes que eles aconteçam.
Valor 19.4.11

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Piauí prevê incremento de 40% da venda de joias na Copa do Mundo

Localizada a 220 km da capital Teresina, ao norte do Estado do Piauí, a cidade Pedro II envolve, hoje, 35 lojas especializadas na venda de peças da pedra preciosa opala, além da produção anual de 400 quilos de joias na região. Para os pequenos e médios empresários envolvidos junto à associação de joalherias da cidade, a chegada da Copa do Mundo no nordeste vai mudar o cenário econômico local, com perspectiva de crescimento na casa de 40% no ano do evento esportivo.

Por conta disso, e de uma demanda que indica crescimento de no mínimo 10% este ano, as joalherias já começaram a aumentar seu estoque e a contratar funcionários para acompanhar a economia do setor, que hoje movimenta R$ 2,5 milhões por ano. "Quando comecei o trabalho no ramo de joalheira, eu tinha oito funcionários. Hoje somos 18 pessoas na equipe", afirmou Juscelino Souza, dono da Áurea Joalheria, considerada a maior da cidade.

O empresário afirma que o mercado externo do ramo de peças preciosas é importante, tanto que costuma apresentar as suas peças em feiras de diversas regiões nos Estados Unidos, além de já ter participado de alguns eventos por toda a Europa. Sua loja faturou cerca de R$ 500 mil ano passado, e chega a vender em média 80 quilos de joias. "Temos perspectiva positiva para 2011, até em função de esperar que a crise na Europa termine", afirmou o executivo, que prevê passar de 100 quilos de peças produzidas este ano.

"Com esses funcionários e uma capacidade ampliada podemos atingir facilmente essa meta, e depois, para a Copa, precisaremos aumentar a compra opalas, além de contratar mais pessoal, o que não será um problema", declara Souza, que quer aumentar a quantidade de peças a serem exportadas e para isso resolveu que era hora de profissionalizar o trabalho. Hoje, as exportações representam pouco mais de 5% das vendas, sendo os turistas os maiores compradores. "80% de tudo que produzimos são comprados por turistas, brasileiros ou não", continuou. Desses, mais da metade é da classe C emergente.

"Antes, o público que consumia nossas joias era mais o público de classe A e B. Mas hoje, como a classe C está fazendo mais viagens, e entrando nas cidades como turista, podemos dizer que eles também entraram para o grupo da compra de joias", ponderou. As peças para a classe C, de acordo com Souza, são menores, mas igualmente delicadas. "Não precisamos mudar muito as peças para atender a classe emergente: diminuímos o tamanho da pedra preciosa para que o valor não fique tão alto, mas sem perder a graciosidade", diz.

Um dos motivos para essa atenção especial para a classe C também se deve à crise europeia, que segurou a vinda de turistas internacionais para o Piauí. "Quando uma crise começa, seja em casa ou em um país inteiro, as primeiras coisas que se corta são joias e viagens. Sofremos com a crise em 2008 e 2009, mas não paramos de crescer, justamente por nos adaptarmos ao novo perfil de turista, o da classe C", comentou o presidente da Áurea.

Com a loja montada há seis meses, a ex-dona de casa Osmarina Uchoa afirma vir colhendo os frutos de ter negócio próprio. Antes, a empresária fazia pequenos artesanatos em casa, mas agora nota um crescimento grande com a abertura de sua loja. "Comparando com meu lucro de seis meses atrás, posso dizer que crescemos mais de 200%", afirmou Uchoa, que preferiu não revelar números de faturamento, mas já fez previsão para 2011: "Queremos fechar o primeiro ano da loja com um crescimento de pelo menos 300% comparado com o que vendíamos apenas em casa", previu.

Proprietário da rede Ateliê da Prata, Antônio Mário de Oliveira Lima está com uma de suas duas unidades da joalheria em reforma para ampliação. "Estamos nos preparando para esse período de crescimento de turistas - o que virá em decorrência da Copa de 2014 - que deverá ser alavancado pelas várias obras federais de infraestrutura, que nos ajudarão a vender ainda mais peças", espera o empresário.

Com relação a novos nichos de mercado, os três empresários concordam: é preciso investir mais em enviar as peças a outros estados. "Mais do que vender para paulistas, cariocas e sulistas, nós pretendemos levar nossas peças até eles, na sua cidade natal", afirmou Souza. Outra dica é aproveitar as feiras de joias e bijuterias para levar as peças aos grandes centros. "Participei de feiras em Recife (PE), São Paulo e Brasília (DF). Mais do que fazer negócios na hora, valem os contatos e cartões que pegamos e geram encomendas e vendas futuras", completou Lima.

Valores

Cotada por quilate, o preço da opala, mais tradicional na região em função das minas de Pedro II, está valorizada no mercado. Conforme a qualidade da pedra, o grama varia de R$ 20 a R$ 300. "Nas lojas, para o consumidor final temos peças de R$ 30 a R$ 30 mil, já que depende da qualidade de peça encontrada", diz Souza, que já foi presidente do Sindicato do setor na cidade e estima que a chegada da Copa do Mundo valorizará também os preços. "Estaremos mais preparados para receber os turistas nas cidades do Piauí; até lá teremos novas tecnologias e os preços acompanharão", argumentou.

O mercado de joias também ganha destaque no calendário de eventos do maior centro financeiro do País, tanto que São Paulo vai receber, entre 26 e 27 de abril, no Centro de Convenções Frei Caneca, a segunda edição deste ano da feira de Bijoias SP, evento este que deverá reunir cerca de 200 expositores do segmento. A ideia deste encontro de negócios é inclusive aproveitar a comemoração do Dia das Mães e do Dia dos Namorados para apresentar tendências, enquanto o comércio de produtos do tipo é impulsionado pelas datas sazonais. A feira reúne lançamentos de bijuterias, acessórios, prata, aço e folheados. "Acreditamos no sucesso da edição do Dia das Mães, pois bijuterias e acessórios são opção de presente que combina com o estilo de cada mulher e expressa o sentimento de quem escolheu", crê a diretora da Bijoias, Vera Masi. "Os lojistas estão otimistas com o desempenho do varejo: este é o momento ideal para abastecer as lojas."
DCI 18.4.11

sábado, 2 de abril de 2011

Micro e pequenas têm filão para a Copa 2014

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Apesar de estarem fora dos investimentos mais pesados em infraestrutura para a organização da Copa do Mundo de 2014, as pequenas e médias empresas brasileiras encontraram, por outro lado, uma maneira de abocanhar parte do que será gerado em razão do evento mundial: o Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) anunciou que irá disponibilizar nos próximos três anos R$ 79,3 milhões aos micro e pequenos empresários (MPE), para programas de capacitação, consultoria e inovação.

O dinheiro buscará oferecer 448 oportunidades de negócios a pequenas empresas nas 12 cidades-sede da Copa, e o presidente nacional do Sebrae, Luiz Barreto, divulgou ontem, no Rio de Janeiro, o mapeamento elaborado a pedido da entidade pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com indicação de um programa referente a quatro setores da economia que deverão começar a analisar atuações na esfera dos bastidores da realização do evento mundial, com empresas de construção civil, tecnologia da informação, turismo e serviços de alimentação.

Os quatro setores apresentados deverão receber de modo global investimentos até a realização do evento de cerca de R$ 33 bilhões e devem movimentar cerca de R$ 150 bilhões. "Desse total cerca de 20% serão oriundos das MPEs", disse Barreto. Ele argumentou que a ideia é, em maio, divulgar as ações para o comércio varejista, serviços em geral, vestuário, móveis e agronegócios.

Por outro lado, é perceptível como há muito que ser feito para que o País corresponda às expectativas em termos de infraestrutura. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), defendeu ontem que os aeroportos sejam concedidos à administração da iniciativa privada para minimizar os gargalos do setor. O administrador também garantiu que o governo do município não vai lançar edital de licitação emergencial para as obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, e que todas as obras previstas que visam a ambas as competições deverão ter início até o final deste ano. Paes admitiu, ainda, que o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, "é uma rodoviária de quinta, malcuidada", desabafou.
DCI 30.3.11

quinta-feira, 31 de março de 2011

Sebrae irá viabilizar R$ 79,3 mi em três anos para MPEs

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As pequenas e médias empresas começam a se preparar para aproveitar as oportunidades da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, após verificar que as 10 maiores empresas que atuam na área turística brasileira faturaram no ano passado cerca de R$ 43 bilhões e que a previsão do Ministério do Turismo é o setor crescer este ano 16% ante 2010. Empresários de turismo, construção civil, tecnologia da informação, além de quem atua na área alimentícia deverão brigar por uma fatia dos quase R$ 79,3 milhões disponibilizados pelo Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para os próximos três anos. De olho na realização do evento, o dinheiro busca oferecer 448 oportunidades de negócios para pequenas empresas nas 12 cidades-sede da Copa.

Segundo identificado pela pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pedido do Sebrae, o estudo apresentado ontem, no Rio de Janeiro, aponta ênfase aos que atuam com agências de viagens emissivas e de receptivo, fornecedores de uniformes, empresas de terraplenagem, restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação e bebidas, fora a área de comunicação e internet.
DCI 31.3.2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

Copa 2014 gera 448 oportunidades de negócios para pequenas empresas em quatro setores

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Pesquisa do Sebrae aponta quais são os requisitos obrigatórios e classificatórios que devem ser cumpridos para que os empresários possam garantir seu espaço no mercado

Construção civil, tecnologia da informação, turismo e produção associada ao turismo (gastronomia, artesanato, entre outros) são os quatro setores da economia que oferecem 448 oportunidades de negócios para pequenas empresas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Os dados fazem parte do Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede, divulgado pelo Sebrae nesta terça-feira (29), no Rio de Janeiro.

De acordo com o mapeamento do Sebrae, encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FGV), haverá possibilidades de negócios para pequenos empreendimentos antes, durante e após o evento esportivo. “Nós não estamos pensando apenas no período do evento, mas em todo o período que vai de 2011 até bem depois de 2014”, afirma Luiz Barretto, presidente nacional do Sebrae. Alguns exemplos são as agências de viagens emissivas e de receptivo, fornecedores de uniformes, empresas de terraplenagem, restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação e bebidas, comércio de reparação e manutenção de equipamentos de comunicação, empresas de Internet e infraestrutura de TI, produção de artesanato, design de produtos e embalagens, fornecedores de material e mobiliário de escritório, entre outras.

As 448 oportunidades de negócios foram extraídas de uma lista de atividades nas quais essas empresas podem empreender com grande chance de sucesso. Esses segmentos incluem as compras governamentais (com as garantias previstas na Lei Geral da Micro e Pequenas Empresas) e os negócios diretamente com o mercado – que representam a maior parte das oportunidades.

Neste primeiro momento, o levantamento está sendo feito em âmbito nacional. A segunda etapa será a identificação das atividades mais promissoras em cada Estado que sedia a Copa, levando em consideração as aptidões locais. Estão em andamento 14 mapeamentos locais, sendo nove no setor da construção civil – no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Amazonas, Mato Grosso, Distrito Federal, Ceará e Paraná. Em tecnologia da informação, os mapeamentos ocorrem no Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, Distrito Federal e Ceará. Até maio deverão estar concluídos os dados regionais dos quatro setores.

Ainda no primeiro semestre de 2011, serão mapeados mais cinco setores: agronegócio, madeira e móveis, têxtil e confecção, comércio varejista e serviços.

Requisitos listados

O Mapa de Oportunidades aponta quais são os requisitos obrigatórios e classificatórios que devem ser cumpridos para que os empresários possam garantir seu espaço no mercado. Eliminatórios são aqueles sem os quais uma empresa é ou não contratada, normalmente por questões legais, como alvará de funcionamento, nota fiscal, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e Inscrição Estadual. “Nem sempre uma empresa é eliminada por capacitação, muitas vezes falta documentação”, afirma Barretto.

Já os requisitos classificatórios são os que agregam valor à empresa, sendo uma condição diferencial que poderá aumentar as chances de desenvolvimento e exploração dos negócios. São de três tipos: documentação específica (como CREA, certificações ISO), gestão e sustentabilidade. No setor de turismo, por exemplo, contam pontos a favor da empresa o apoio no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e a contratação prioritária de mão de obra de fornecedores locais.

Outro dado relevante do mapeamento é o índice de densidade das empresas nas atividades dos setores. Esse índice oscila entre 0 e 1. Um índice 0,80 significa que, do total de empresas da respectiva atividade econômica, 80% delas são micro e pequenas. No setor de tecnologia da informação, as atividades de rádio têm nível de densidade de 0,82. No turismo, os serviços de guia registram índice de 0,99.

PEGN 30.3.2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

Finep anuncia recursos para projetos

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A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do governo federal vai liberar R$ 100 milhões para projetos de tecnologia da informação (TI) e banda larga relacionados aos eventos esportivos que o Brasil vai realizar nos próximos anos.
A decisão foi anunciada ontem pelo secretário de política de informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Virgílio Almeida, durante seminário promovido pelo Valor.

"Esses eventos são oportunidades para desenvolver tecnologias para o país e avançar no conhecimento científico. A área de ciência e tecnologia é essencial para se alcançar o nível econômico e social que se quer para o Brasil", disse Almeida.

A Finep vai abrir editais para projetos que atendam a um conjunto de diretrizes, disse o secretário. Entre elas, estão a produção de tecnologias que sejam competitivas no mercado externo e a geração de empregos qualificados.

Almeida afirmou que Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) também vai lançar editais para financiar projetos relacionados aos dois eventos esportivos. Valores e datas não foram revelados.

Em paralelo, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos (Cojo) tem R$ 970 milhões para projetos de TI para a Olimpíada de 2016. Os recursos serão usados em sistemas de processamento e divulgação dos resultados e estatísticas das competições e de gerenciamento das operações de segurança, acomodação e transportes, afirmou o gerente-geral de tecnologia do comitê, Elly Resende. O orçamento total do comitê foi estimado em R$ 5,6 bilhões. "Mas esse número ainda vai mudar", disse Resende. Valor- 25/03/2011(TM)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Motéis do Rio voltam ao modelo original

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Cerqueira, dono de motéis: o pernoite é mais barato do que uma diária de hotel

Quando foram criados, lá pelos idos dos anos 1920 nos Estados Unidos, os motéis eram, e ainda são, um tipo de hospedaria, geralmente à beira das rodovias, onde as pessoas podiam chegar de carro, descansar por algumas horas e depois seguir viagem. A palavra motel foi formada pela contração de outras duas da língua inglesa: motor e hotel. Mas no Brasil, sempre que se fala em motel, lembra-se logo de quartos cheios de símbolos eróticos, onde as pessoas se encontram para ter relações sexuais. Mas no Rio, os motéis estão adotando o modelo original.

De olho na crescente demanda, principalmente de executivos, seus proprietários estão gastando entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões em reformas para transformar seus apartamentos em quartos confortáveis para hospedar esse novo público. Após a reforma, a ocupação tem aumentado em até 20%, em alguns motéis.

Hoje, a cidade do Rio tem 180 motéis e pelo menos 30 deles já passaram por reformas parciais ou totais, diz Antonio Cerqueira, vice-presidente do Sindicato de Bares e Hotéis do Rio. Ele tem participação em seis estabelecimentos, dos quais cinco já reformados: o Villa Régia, o Bambina, o Shalimar, o Sinless e o antigo Sunshine, na Ilha do Governador, que por ficar próximo ao aeroporto do Galeão e ser muito procurado por executivos em trânsito, foi rebatizado de Ilha Palace Hotel.

Cerqueira diz que os hóspedes descobriram que podem gastar menos nos motéis. "Eles pagam o pernoite de 10 horas, fecham a conta e voltam na noite seguinte para dormir", diz. "Isso dá uma economia de até 40% no gasto final. Nos hotéis tradicionais é necessário pagar a diária completa."

Mesmo se pagar uma diária, o preço também é menor. Um quarto simples, com garagem coletiva, banheiro privativo, e até hidromassagem em um dos motéis de que Cerqueira é sócio na Avenida Niemeyer, custa em R$ 150 a diária. Preço muito abaixo do praticado pelas grandes redes instaladas na Zona Sul e na Barra da Tijuca, onde a diária custa, no mínimo, por R$ 500.

Mas os motéis não estão deixando de lado seu público fiel que quer privacidade e isolamento. As obras ainda mantêm nos andares mais baixos os quartos privativos com direito a garagem exclusiva. "Os clientes de negócios normalmente chegam de táxi, pegam os elevadores e ficam nos andares mais altos. Procuramos mantê-los em ambientes separados".

Cerqueira conta também que as redes estão investindo em treinamento de pessoal para que o funcionário saiba diferenciar os públicos e atendê-los de forma diferente. "Enquanto existem aqueles que não querem ser notados, há clientes cativos que já chamam os funcionários pelo nome", explica.

Mas não é só nesse novo público que os motéis estão de olho. Com cerca de seis mil quartos disponíveis e um faturamento anual de R$ 440 milhões, eles querem ser incluídos no projeto Olímpico e podem ajudar a cidade a suprir parte da demanda exigida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). No acordo firmado entre a Prefeitura do Rio e o COI está a promessa de se criar mais 20 mil unidades até 2016. Para os donos de motéis, pelos menos seis mil já estariam garantidas.

Leo Pinheiro/Valor 17.3.11

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

BNDES aprova R$ 400 milhões para a Arena Pernambuco

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O BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 400 milhões para viabilizar a implantação da Arena Pernambuco, uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O estádio, com capacidade para 46 mil espectadores, será construído na cidade de São Lourenço da Mata, região metropolitana do Recife.

Os recursos do BNDES correspondem a 75% do investimento total, conforme limite estabelecido pelo programa BNDES ProCopa Arenas. O prazo de construção está estimado em 30 meses. Uma vez concluído, o equipamento será dotado de assentos individuais, numerados e à prova de fogo, sinalização interna e externa trilíngue e sistema de monitoramento por câmeras.

O beneficiário do financiamento é o governo do Estado. O projeto é uma PPP na modalidade Concessão Administrativa, para operação e manutenção da Arena por um período de 33 anos. A licitação foi vencida pelo consórcio Cidade da Copa, formado por empresas da Odebrecht S/A, que constituíram, por sua vez, a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S/A.

O empreendimento será construído pela SPE com recursos próprios e financiamentos de instituições financeiras públicas e privadas. Após concluída a obra, o Estado ressarcirá à SPE parte do montante investido na implantação da arena. Dada a estruturação da presente PPP, o financiamento do BNDES foi dividido em dois subcréditos: R$ 5,4 milhões para contratação de auditoria independente da execução físico-financeira das obras e R$ 394,6 milhões para o ressarcimento posterior à execução.

A previsão é que sejam gerados 1.500 empregos diretos e 7.500 indiretos na fase de construção, e 1.100 diretos e 3.300 indiretos na fase operacional. Estima-se também a criação de 3 mil postos de trabalho para execução de projeto imobiliário com cerca de 9 mil unidades residenciais e comerciais que a SPE executará, com recursos próprios, no entorno da Arena, compondo a chamada Cidade da Copa.

Balanço – O programa BNDES ProCopa Arenas, instituído pelo Banco em janeiro de 2010 e que segue vigente até dezembro deste ano, recebeu, até o momento, seis pedidos de financiamento: Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso e Rio de Janeiro, além de Pernambuco.

Todos já foram aprovados e, dentre estes, quatro estão contratados: AM, BA, CE e MT. A contratação é a última etapa de um projeto no BNDES, a partir da qual pode ter início o cronograma de desembolsos. Os projetos do Rio de Janeiro e, agora, o de Pernambuco estão aprovados, em vias de contratação.
fonte BNDES 27.01.11

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Copa de 2014 atrai mais investidores para hotéis

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Com a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpico cresce o apetite de investidores pelo mercado hoteleiro no Brasil.

Cerca de 60 empresários estrangeiros manifestaram a intenção em aplicar US$ 1 bilhão no Brasil para aquisição e desenvolvimento de hotéis nos próximos dois anos, segundo levantamento feito pela consultoria Ernst & Young, divulgado em dezembro.

"Alguns hotéis foram comercializados em 2010 e pelo menos uma dezena está em fase de fechamento de negócio, cujos investimentos são provenientes de fundos europeus, principalmente, português e espanhol", afirma Bruno Omori, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Pau (Abih/SP).

A decisão dos empreendedores em apostar no Brasil, além de ter na mira os grandes eventos esportivos, é impulsionada pelo aquecimento da economia brasileira e estabilidade financeira do país. Outro fator que motiva os investidores é que São Paulo precisa de mais hotéis. Para Omori, a demanda faz com que o retorno volte a ser tão atrativo quanto tem sido o investimento em imóveis residenciais.

A capital paulista abriga 42 mil apartamentos e até o ano de 2014 deverá ter um acréscimo de mais 2 mil quartos de hotéis "Atualmente, temos a maior oferta da América do Sul com 430 hotéis na capital e cerca de 2.500 em todo o Estado de São Paulo", diz Omori. O Rio de Janeiro vem a seguir com 25 mil apartamentos e, terceiro lugar, está Buenos Aires, com cerca de 18 mil apartamentos e cerca de 240 hotéis. "Hoje, São Paulo seria a única cidade do Brasil que poderia sediar a Copa", conclui

Ele calcula que, até 2014, São Paulo ganhará ao redor de 2,5 mil novos apartamentos de hotéis. Em quatro anos o Estado deverá ter investimentos de R$ 12 bilhões, dos quais R$ 4,2 bilhões serão absorvidos na capital. "Em torno de R$ 1,2 bilhão será empregado em novos empreendimentos, enquanto o restante será utilizado em reformas", afirma.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriu uma linha de crédito com valor inicial de R$ 1 bilhão para reforma e construção de novos hotéis. De março a setembro, o banco contabilizou R$ 610 milhões em pedidos de financiamento. Apesar dos altos desembolsos no setor, Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo (SP Turis), não está tão otimista. "Um hotel padrão cinco estrelas para ficar pronto em 2014 precisa começar a sair do papel hoje. Não temos, em São Paulo, nenhum projeto deste porte em andamento", afirma.

Com a expansão da rede hoteleira, a curva de contratações de funcionários manterá a curva ascendente. Hoje, existem 100 mil profissionais atuando no setor, dos quais 40 mil estão na capital paulista. A estimativa para 2014 é que a capital abrigará 47 mil funcionários, devendo atingir 60 mil no período da Copa. O total do Estado será de 160 mil, com alta de 20% na época dos jogos. (R.C.)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Atlantica levanta R$ 1 bi para 18 hotéis

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Annie Morrisey, da Atlantica, diz que a rede tem a meta de arrecadar mais R$ 1 bilhão para construir 18 hotéis até 2014

Duas grandes redes hoteleiras que operam marcas internacionais, a brasileira Atlantica Hotels e a espanhola Sol Meliá, deverão movimentar R$ 2,6 bilhões para a construção de 40 hotéis até a realização da Copa do Mundo de Futebol, em 2014.

Somente a Atlantica pretende levantar entre investidores R$ 2 bilhões para a construção de 36 hotéis no país. Destes, 18 contratos, equivalentes a R$ 1 bilhão, já foram assinados. A rede atual tem 76 empreendimentos com bandeiras como Radisson, Go In, Comfort e Quality.

A Sol Meliá, por sua vez, tem planos de alavancar R$ 600 milhões para quatro empreendimentos no país. Atualmente, a empresa espanhola tem 14 unidades no mercado brasileiro e inicia em março a construção de um complexo hoteleiro na Bahia. Esse projeto envolve R$ 750 milhões.

"Os recursos serão levantados entre fundos de investimento, imobiliárias e pessoas físicas que queiram investir em hotéis", afirma a vice-presidente de vendas e marketing da Atlantica, Annie Morrisey.

De acordo com ela, os 36 novos empreendimentos correspondem a 6,2 mil quartos. Serão criados, em quatro anos, 2.800 empregos diretos.

"Os investimentos serão destinados a projetos de novos hotéis ou na reforma interna de imóveis com a preservação da fachada externa", diz o vice-presidente da Sol Meliá Brasil, Rui Manuel Oliveira.

O executivo conta que as obras da primeira fase de um projeto de R$ 750 milhões para um complexo hoteleiro na Bahia começarão em meados de março. Nessa etapa, que envolve um hotel de alto padrão com 225 quartos, estão sendo aplicados R$ 150 milhões pela própria Sol Meliá, com apoio de financiamento bancário.

A conclusão do complexo está prevista para os próximo oito anos. Ele prevê 2.800 quartos de hotel, 500 casas residenciais, 1,4 mil apartamentos residenciais, centro de convenções e campo de golfe, entre outros atrativos. Os R$ 600 milhões restantes para o projeto serão obtidos entre potenciais investidores.

Tanto a Atlantica quanto a Sol Meliá comemoram bons desempenhos no ano passado. As vendas da Atlantica somaram R$ 473,6 milhões em 2010, o que representou um crescimento de 26% na comparação com o ano anterior. Para 2011 a projeção alcança 20% de expansão. A ocupação dos hotéis aumentou 10% e a diária média teve reajuste de 8%.

A Sol Meliá teve aumento de 25% no faturamento do ano passado, em relação a 2009, no Brasil. O valor, no entanto, não é divulgado pela empresa. A ocupação dos imóveis registrou crescimento de 15%. A diária média nos hotéis da rede teve reajuste médio de 15% em 2010.

"Como há crescimento de demanda, é natural que o preço suba", afirma Oliveira.
Alberto Komatsu | De São Paulo / Ana Paula Paiva/Valor /21/01/2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

BNDES assina contrato de financiamento da Arena Fonte Nova com o Estado da Bahia

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Também estão contratados projetos de AM, CE e MT; RJ está aprovado, em vias de contratação, enquanto PE está em análise

O BNDES e o governo do Estado da Bahia assinaram contrato de financiamento no valor de R$ 323,6 milhões para construção da Arena Fonte Nova, que receberá jogos da Copa do Mundo de 2014.

Os recursos do BNDES, que correspondem a 46% do investimento total, serão utilizados na construção de um estádio com capacidade para 50.273 espectadores, o que o habilita a receber, de acordo com os normativos da FIFA, jogos de quartas-de-final.

Também foi contratado o financiamento de R$ 400 milhões para construção da Arena da Amazônia, em Manaus. O valor foi dividido em dois subcréditos: R$ 11,8 milhões para elaboração do projeto executivo da Arena e R$ 388,2 milhões para execução das obras. A liberação do segundo subcrédito acompanhará o andamento das obras.

Já haviam sido contratados no âmbito do programa BNDES ProCopa Arenas os projetos do Ceará (R$ 351,5 milhões para reforma do Castelão) e do Mato Grosso (R$ 393 milhões para construção da Arena Multiuso Pantanal). Os quatro projetos contratados até agora foram aprovados em setembro de 2010.

A contratação é a etapa final do trâmite de um projeto no BNDES. Quando o contrato é assinado é que tem início o cronograma de desembolsos. A liberação de recursos, como ocorre em todos os financiamentos do Banco, é gradual, concomitante ao andamento e à execução das obras.

Outro empreendimento que será financiado pelo BNDES é a reforma do Maracanã, cujo projeto foi aprovado em outubro último pela diretoria. Atualmente o financiamento está em vias de contratação, para que posteriormente tenha início o cronograma de desembolsos.

A Arena Pernambuco, última das seis arenas que solicitaram financiamento ao BNDES até o momento, está com o seu projeto em fase final de análise pela área técnica do Banco. Uma vez concluída essa etapa, o material será enviado para análise pela diretoria.

fonte: BNDES 11/01/2011