segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Como as empresas devem planejar-se para faturar com a Copa?

Como as empresas devem planejar-se para faturar com a Copa? Para consultores e especialistas do mercado, toda a preparação pré-Copa começa com um bom planejamento. "Os empresários devem identificar os produtos e serviços que serão mais demandados e saber quem são os clientes potenciais", ensina José Carlos Pinto, sócio da consultoria Ernst&Young. "Possíveis alianças e parcerias com empresas estrangeiras que já têm experiência em outras copas podem ser um diferencial importante."

Segundo Rodrigo Teles, diretor do Instituto Endeavor, com base no histórico dos campeonatos realizados em outros países, os empreendedores podem mapear os investimentos necessários para aproveitar melhor o evento. "Já sabemos quais serão as 12 cidades-sede e onde estará grande parte das oportunidades", lembra. "Desenvolver uma rede de relacionamentos nessas cidades será fundamental para gerar bons negócios."

De acordo com o estudo Brasil Sustentável-Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014, as cidades-sede serão alvo de iniciativas de infraestrutura, com investimentos de R$ 14,5 bilhões. Somente na reurbanização dos locais com maior movimentação de turistas e no entorno dos estádios, os gastos são estimados em R$ 2,8 bilhões.

Dentro da empresa, do ponto de vista organizacional, a dica dos especialistas é estar com "a casa em ordem". "Mantenha um bom sistema de gestão, métricas de desempenho e transparência nos demonstrativos financeiros", diz Teles. "Isso dará confiança a um parceiro ou cliente na hora de fechar negócio ou para buscar financiamentos externos para novos investimentos."

Para o consultor Lucas Copelli, na etapa de preparação para a Copa, que vai até 2013, as oportunidades para as pequenas e médias empresas estarão relacionadas com o planejamento de obras realizadas pelo governo, pela Fifa e iniciativa privada nos locais dos jogos. "É quando acontecem as maiores obras de infraestrutura, urbanização e mobilidade urbana, construção de estádios e ampliação da rede hoteleira, que têm impacto positivo nos negócios de construção civil, tecnologia da informação, segurança, limpeza, alimentação e transportes", detalha. "As empresas de propaganda, relações públicas, webdesign e consultorias também se beneficiarão na preparação das campanhas para o ano da Copa."

No Grupo Máquina PR, da área de relações públicas e assessoria de imprensa, a estimativa é incrementar os negócios em cerca de 40%, por conta do mundial. A empresa fatura R$ 35 milhões por ano. "A previsão é investir de R$ 1,2 a R$ 2 milhões, em quatro anos, no crescimento da infraestrutura, marketing, ampliação de equipes e de capital", revela Maristela Mafei, sócia fundadora da empresa de 238 funcionários, com 15 anos de mercado. (Valor - J.S.)

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