quarta-feira, 30 de março de 2011

Copa 2014 gera 448 oportunidades de negócios para pequenas empresas em quatro setores

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Pesquisa do Sebrae aponta quais são os requisitos obrigatórios e classificatórios que devem ser cumpridos para que os empresários possam garantir seu espaço no mercado

Construção civil, tecnologia da informação, turismo e produção associada ao turismo (gastronomia, artesanato, entre outros) são os quatro setores da economia que oferecem 448 oportunidades de negócios para pequenas empresas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Os dados fazem parte do Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede, divulgado pelo Sebrae nesta terça-feira (29), no Rio de Janeiro.

De acordo com o mapeamento do Sebrae, encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FGV), haverá possibilidades de negócios para pequenos empreendimentos antes, durante e após o evento esportivo. “Nós não estamos pensando apenas no período do evento, mas em todo o período que vai de 2011 até bem depois de 2014”, afirma Luiz Barretto, presidente nacional do Sebrae. Alguns exemplos são as agências de viagens emissivas e de receptivo, fornecedores de uniformes, empresas de terraplenagem, restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação e bebidas, comércio de reparação e manutenção de equipamentos de comunicação, empresas de Internet e infraestrutura de TI, produção de artesanato, design de produtos e embalagens, fornecedores de material e mobiliário de escritório, entre outras.

As 448 oportunidades de negócios foram extraídas de uma lista de atividades nas quais essas empresas podem empreender com grande chance de sucesso. Esses segmentos incluem as compras governamentais (com as garantias previstas na Lei Geral da Micro e Pequenas Empresas) e os negócios diretamente com o mercado – que representam a maior parte das oportunidades.

Neste primeiro momento, o levantamento está sendo feito em âmbito nacional. A segunda etapa será a identificação das atividades mais promissoras em cada Estado que sedia a Copa, levando em consideração as aptidões locais. Estão em andamento 14 mapeamentos locais, sendo nove no setor da construção civil – no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Amazonas, Mato Grosso, Distrito Federal, Ceará e Paraná. Em tecnologia da informação, os mapeamentos ocorrem no Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, Distrito Federal e Ceará. Até maio deverão estar concluídos os dados regionais dos quatro setores.

Ainda no primeiro semestre de 2011, serão mapeados mais cinco setores: agronegócio, madeira e móveis, têxtil e confecção, comércio varejista e serviços.

Requisitos listados

O Mapa de Oportunidades aponta quais são os requisitos obrigatórios e classificatórios que devem ser cumpridos para que os empresários possam garantir seu espaço no mercado. Eliminatórios são aqueles sem os quais uma empresa é ou não contratada, normalmente por questões legais, como alvará de funcionamento, nota fiscal, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e Inscrição Estadual. “Nem sempre uma empresa é eliminada por capacitação, muitas vezes falta documentação”, afirma Barretto.

Já os requisitos classificatórios são os que agregam valor à empresa, sendo uma condição diferencial que poderá aumentar as chances de desenvolvimento e exploração dos negócios. São de três tipos: documentação específica (como CREA, certificações ISO), gestão e sustentabilidade. No setor de turismo, por exemplo, contam pontos a favor da empresa o apoio no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e a contratação prioritária de mão de obra de fornecedores locais.

Outro dado relevante do mapeamento é o índice de densidade das empresas nas atividades dos setores. Esse índice oscila entre 0 e 1. Um índice 0,80 significa que, do total de empresas da respectiva atividade econômica, 80% delas são micro e pequenas. No setor de tecnologia da informação, as atividades de rádio têm nível de densidade de 0,82. No turismo, os serviços de guia registram índice de 0,99.

PEGN 30.3.2011

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