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Apesar de estarem fora dos investimentos mais pesados em infraestrutura para a organização da Copa do Mundo de 2014, as pequenas e médias empresas brasileiras encontraram, por outro lado, uma maneira de abocanhar parte do que será gerado em razão do evento mundial: o Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) anunciou que irá disponibilizar nos próximos três anos R$ 79,3 milhões aos micro e pequenos empresários (MPE), para programas de capacitação, consultoria e inovação.
O dinheiro buscará oferecer 448 oportunidades de negócios a pequenas empresas nas 12 cidades-sede da Copa, e o presidente nacional do Sebrae, Luiz Barreto, divulgou ontem, no Rio de Janeiro, o mapeamento elaborado a pedido da entidade pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com indicação de um programa referente a quatro setores da economia que deverão começar a analisar atuações na esfera dos bastidores da realização do evento mundial, com empresas de construção civil, tecnologia da informação, turismo e serviços de alimentação.
Os quatro setores apresentados deverão receber de modo global investimentos até a realização do evento de cerca de R$ 33 bilhões e devem movimentar cerca de R$ 150 bilhões. "Desse total cerca de 20% serão oriundos das MPEs", disse Barreto. Ele argumentou que a ideia é, em maio, divulgar as ações para o comércio varejista, serviços em geral, vestuário, móveis e agronegócios.
Por outro lado, é perceptível como há muito que ser feito para que o País corresponda às expectativas em termos de infraestrutura. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), defendeu ontem que os aeroportos sejam concedidos à administração da iniciativa privada para minimizar os gargalos do setor. O administrador também garantiu que o governo do município não vai lançar edital de licitação emergencial para as obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, e que todas as obras previstas que visam a ambas as competições deverão ter início até o final deste ano. Paes admitiu, ainda, que o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, "é uma rodoviária de quinta, malcuidada", desabafou.
DCI 30.3.11
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